Biodiesel é extraído do fruto da palma/Foto: Divulgação
A mineradora Vale vai investir US$ 500 milhões até 2015 em um complexo de produção de biodiesel, a partir do óleo de palma (dendê), no Nordeste do Pará, informou matéria da Folha publicada na quarta-feira, 27 de junho. A primeira usina de processamento de óleo de palma foi inaugurada na terça-feira (26). Daqui a três anos, outra entrará em operação com uma unidade para converter o óleo em biodiesel.
A partir daquele ano, a Vale passará a usar em locomotivas de transporte de minério e outros equipamentos à diesel com 20% de biodiesel de palma. Hoje, a mistura é de 5%, com a soja como principal matéria-prima. Enquanto não fica pronta a unidade de biodiesel, o óleo da primeira usina será vendido ao mercado - o produto é usado nas indústrias de alimentos e de cosméticos.
O projeto é conduzido pela Biopalma, empresa na qual a Vale tem 70%, em sociedade com o grupo MSP. Até 2013, serão plantados 80 mil hectares de palma em áreas devastadas. Outros 90 mil hectares comporão uma reserva legal e área de preservação.
A Vale traçou a meta de reduzir as emissões de gás carbônico (CO2) em 5% até 2020. Para alcançá-la, investe em novas energias renováveis (eólica e biodiesel), além de reavaliar investimentos em gás natural. Os investimentos em energia são para dar suporte às operações e à expansão da companhia. Atualmente, a companhia produz 50% da energia que consome. A empresa também anunciou na última semana a construção de dois parques eólicos no Rio Grande do Norte.
Maior projeto da história
A Vale recebeu do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) licença prévia para o projeto de minério de ferro Carajás Serra Sul (S11D), o maior projeto da história da empresa e também da mineração mundial.
Esta é a primeira fase para a execução do projeto, que ainda precisa obter licença de instalação. A licença prévia significa que o Ibama considerou o S11D viável ambientalmente.
Localizado na Serra Sul de Carajás, no Pará, o projeto prevê investimentos de US$ 8 bilhões para o desenvolvimento da mina e usina de processamento, que deverá entrar em operação no segundo semestre de 2016.
Segundo a Vale, no projeto serão aplicadas soluções tecnológicas voltadas para a preservação do meio ambiente, com a utilização mais eficiente dos recursos naturais e diminuição da emissão de poluentes.
"Quando estiverem operacionais a mina e a usina do S11D produzirão com economia de 93% e 77%, respectivamente, no consumo de água e combustível, possibilitando a redução de 50% na emissão de gases de efeito estufa, quando comparado aos métodos convencionais", informou a mineradora.
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