icone de busca
iBahia Portal de notícias
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE
SUSTENTABILIDADE

Verdes mares: porta-aviões do exército usa combustível de óleo de cozinha e algas

As Forças Armadas norte-americanas realizaram na última semana de julho o primeiro teste com um porta-aviões e 71 aeronaves abastecidas com óleo de cozinha e algas (misturadas ao combustível convencional), durante uma simulação de operação militar. O USS Nimitiz se desloca pelo Oceano Pacífico até agosto movido a algas e diesel comum. Já os helicópteros, jatos e naves de apoio adotam o bioquerosene, com óleo de cozinha usado.

foto autor

01/08/2012 às 13:02 • Atualizada em 26/08/2022 às 18:46 - há XX semanas
Google News iBahia no Google News

porta-avi?s do ex?cito dos eua
O USS Nimitiz se desloca pelo Oceano Pacífico até agosto movido a algas e diesel comum. Já os helicópteros, jatos e naves de apoio adotam o bioquerosene, com óleo de cozinha usado. Foto: Divulgação

As Forças Armadas norte-americanas realizaram na última semana de julho o primeiro teste com um porta-aviões e 71 aeronaves abastecidas com óleo de cozinha e algas (misturadas ao combustível convencional), durante uma simulação de operação militar.

O USS Nimitiz é o primeiro navio da "grande frota verde", pacote de metas americanas para cortar o uso de petróleo por equipamentos militares até 2020 - o exército é o maior consumidor de combustíveis do país e gasta quatro vezes mais energia do que os demais órgãos governamentais somados.

Além do apelo ambiental das mudanças climáticas, o exercício também busca minimizar a dependência de óleo importado de nações estrangeiras. A iniciativa causou polêmica pelo alto custo (até quatro vezes maior que o combustível normal), mas pode até mudar radicalmente a política externa americana.

O USS Nimitiz se desloca pelo Oceano Pacífico até agosto movido a algas e diesel comum. Já os helicópteros, jatos e naves de apoio adotam o bioquerosene, com óleo de cozinha usado. Os combustíveis são drop-in, ou seja, mesclam biomassa ao combustível e dispensam adaptações em motores e estruturas de abastecimento.

"Estamos empenhados em achar alternativas ao petróleo estrangeiro. Acreditamos que é fundamental para a segurança nacional e nossa capacidade de combate", afirmou Ray Mobus, secretário da Marinha americana, ao jornal britânico The Guardian. As importações de óleo estrangeiro registram queda desde 2005, segundo dados da Agência Governamental de Informações sobre Energia.

O USS Nimitiz se desloca pelo Oceano Pacífico até agosto movido a algas e diesel comum. Já os helicópteros, jatos e naves de apoio adotam o bioquerosene, com óleo de cozinha usado.

Ex-ministro das Relações Exteriores (1995-2001) e professor da ESPM, Luiz Felipe Lampreia avaliou, em entrevista à Isto É, que a vulnerabilidade energética influencia as decisões da potência militar e foi determinante nas disputas após a Segunda Guerra Mundial. Mas descarta a substituição total do petróleo ainda que as barreiras aos biocombustíveis fossem levantadas. "Não haveria condição de produzir tanto nem se plantasse cana-de-açúcar em toda a Amazônia", acredita.

Projetos no Brasil

Existem projetos para práticas sustentáveis na aviação brasileira. Além de experimentos com bioquerosene, a Aeronáutica desenvolve um inédito motor flex para aviões, turbina exclusiva para etanol e ainda uma opção impulsionada por oxigênio líquido.

Conforme o EcoD noticiou em março, o país terá um centro de pesquisa e desenvolvimento de biocombustíveis para aviação comercial, que deverá ser construído a partir de 2013 em São Paulo, por meio de uma parceria entre a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Boeing e Embraer.

EcoDesenvolvimento.org - Tudo Sobre Sustentabilidade em um só Lugar.

Leia também:

Foto do autor
AUTOR

AUTOR

Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!

Acesse a comunidade
Acesse nossa comunidade do whatsapp, clique abaixo!

Mais em Sustentabilidade