Vídeos são alternativa para cativar alunos em sala

Um guitarrista curioso quer saber de onde vem o ferro que circula em seu sangue e compõe as cordas de sua guitarra. Este é o roteiro de Rockstar e a origem do metal, um vídeo de divulgação científica produzido pela professora Jane Gregorio-Hetem, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP, para aproximar os jovens do ensino médio de temas complexos, como a astronomia e a química.

O interessante é que a animação, lançada no dia 24 de agosto, utiliza a linguagem e o mundo dos adolescentes em vez de personagens "batidos" como Galileu Galilei ou Einstein, ao contrário da maioria dos vídeos produzidos na área.

Oportunidade

De acordo com a idealizadora, a ideia surgiu a partir da experiência de desenvolver material de divulgação científica no Ano Internacional de Astronomia, em 2009. “Quando o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) lançou um edital semelhante para o Ano Internacional da Química, nossa equipe aproveitou a oportunidade para falar da origem dos elementos químicos, que ocorre no interior das estrelas, usando a linguagem atrativa da animação”, afirmou Jane, à Agência USP.

O vídeo possui um livreto auxiliar que aprofunda os conteúdos científicos tratados na animação, para embasar a abordagem dos professores. Para a docente, utilizar a tecnologia para cativar os estudantes é essencial para aprimorar a cultura científica da população. “O que precisamos divulgar hoje em dia são os conceitos mais modernos da astrofísica, bem como da tecnologia avançada que permitiu as descobertas mais recentes”.

Divulgação

Cativar jovens para os temas abordados em sala com recursos audiovisuais não é uma novidade no ambiente escolar. No entanto, a internet pode potencializar ainda mais essa alternativa, uma vez que diversos vídeos estão disponíveis gratuitamente na web. É o caso dos vídeos produzido pelo canal de televisão History Channel, que podem ser baixados com um programinha como o Real Player.

É por meio de sites de vídeo, como o Youtube, que o docente tem a possibilidade de descobrir vídeos como o da professora Jane, trechos interessantes de filme (como o vídeo acima, a evolução da vida, retirado do filme Missão: Marte) ou, até mesmo, de outros países (o curta-metragem acima é uma boa opção para demonstrar aos estudantes o fascínio despertado pela leitura de um livro).

Quem sabe assim, tal qual o dito popular que se agarra marido pela boca, uma dose boa de vídeos não garanta o aprendizados dos alunos pelos olhos.