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Artigo: Vale a pena viajar para participar de concursos?

• 17/06/2014 às 8:19 • Atualizada em 02/09/2022 às 3:47 - há XX semanas

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A leitora me enviou mensagem perguntando quando seria o momento ideal para se começar a viajar para participar de concursos fora do Estado. “Vale a pena o investimento, ainda mais quando ainda se é iniciante?”, pergunta ela. Ser iniciante não quer dizer muita coisa. A expressão correta seria “quando ainda se tem baixo rendimento”, já que há iniciantes com desempenho bem melhor que o de candidatos mais experientes. O principal fator que deve lhe levar a participar de concursos em outras cidades é a pequena oferta de oportunidades no lugar onde você vive. A Bahia é um ótimo exemplo, já que a conduta inconstitucional do Governo do Estado, deixando de contratar dezenas de milhares de servidores mediante concurso, e optando pela utilização do REDA, tem inspirado centenas de Municípios. É claro que o seu desempenho médio deve ser levado em conta, já que quando se gasta com passagens e hospedagem, além de com outras coisas em uma viagem de concurso, é necessário que se tenha uma boa possibilidade de aprovação. Há vários fatores que devem ser considerados. Ter familiares residindo na localidade da prova, por exemplo, permitirá uma economia com a hospedagem, além de ser uma oportunidade para visitá-los. Outro aspecto é que isso tornará a cidade mais receptiva em caso de aprovação, já que a distância da família é motivo, algumas vezes, de pedidos de exoneração. Aspectos pessoais do candidato são importantes, como a facilidade de adaptação a novos ambientes sociais e a ausência de vínculos familiares na cidade de origem que possam dificultar a mudança de domicílio. Pessoas com cônjuge estabelecido profissionalmente, ou com familiares idosos e dependentes de tratamento médico nem sempre disponível em outras cidades, sempre terão mais dificuldades no caso de assumir o cargo em local distante. Mesmo em concursos para órgãos regionais, desde que integrantes da esfera federal, é possível obter remoção de um Estado para outro, como habitualmente ocorre entre tribunais regionais eleitorais ou tribunais do trabalho. Assim, se um baiano toma posse em um cargo no TRT do Rio Grande do Sul, poderá ele futuramente passar a trabalhar na Bahia, sem precisar fazer um novo concurso. O mais importante a sopesar na hora da decisão é: há algo lhe prendendo em seu atual local de residência? Há algo que vai lhe obrigar a voltar para a cidade de origem, abrindo mão do cargo em que foi aprovado? Considerados todos os fatores mencionados, sem esquecer do aspecto do rendimento nas avaliações, fazer concursos em outros Estados é necessário para uma aprovação mais rápida. Nas carreiras jurídicas, por exemplo, é quase indispensável, mas não somente nelas.

*Waldir Santos é Advogado da União, Presidente do Tribunal de Ética da OAB/BA e autor dos livros “Concurso público – estratégias e atitudes” e “Mitos, Lendas e Mentiras sobre concursos públicos”. Apresenta o programa CBN Empregos e Concursos (FM 91,3, das 16 às 16h30h). Twitter: @waldirconcursos / E-mail: [email protected]. Facebook.com/waldirconcursos

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