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ENTRETENIMENTO

Conheça a beleza e a simplicidade da Filisminogravura

Técnica criada por uma avó do interior da Bahia, encontra em seu neto, o filósofo Ayam U´Bráis, o seu maior artista que já expôs e exportou obras para mais de 10 países

• 26/05/2011 às 9:00 • Atualizada em 29/08/2022 às 18:09 - há XX semanas

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Para o artista plástico e desenhista Ayam Hohlenwerger Matos, mais conhecido como U´Bráis, a técnica é simples: “pegue um papel cartão na dimensão 55 x 66 cm, na cor branca. Caneta esferográfica preta. Desenhe rabiscos embolados até alcançar a forma geral. Depois é só betumar - cobrir todo o desenho com betume - e expor por meio do cordel. Alguns desenhos podem ser feitos com esferográficas coloridas ou lápis de cor”, ensina. Arte EducativaA Filisminogravura foi passada para Ayam, aos quatro anos de idade, como forma de educar o pequeno garoto que adorava assistir aos combates entre índios e cowboys na TV. “Na infância morei um tempo com minha avó materna, D. Filismina, que fazia umas flores artesanais durante à tarde, enquanto eu bagunçava tudo (risos). Algo devia ser feito. Então, ela comprou caneta e papel e desenhou um índio e um cowboy e me mostrou. Me encantei imediatamente e - por meio do desenho - consegui sossegar pra que ela pudesse se entreter com suas flores”, conta Bráis. De lá pra cá, o artista não parou mais de desenhar. O artista
Ayam U´Bráis é filósofo e artista plástico
Passados mais de 30 anos, o pequeno Cecé se tornou o filósofo e artista plástico Ayam U´Bráis, e os rabiscos de menino se elevaram ao estado de arte, por meio da Filisminogravura (uma homenagem à sua avó e criadora da técnica).Os indígenas continuam a pairar no universo do artista, mas não mais como nos tempos de criança, quando os índios eram massacrados pelos cowboys norte-americanos. Na Filisminogravura estão gravadas paisagens de comunidades e povos quilombolas, a beleza do povo indígena, o sertão e seus cangaceiros, grandes nomes da filosofia mundial, além de ícones do jazz e do rock. Há também uma fila de encomendas de pessoas que querem transformar suas fotos pessoais em quadros do artista. De Ipiaú para o mundoDesde que trocou os livros de filosofia pela caneta esferográfica e o betume, Ayam não parou mais de criar. O desenhista vem representando a Bahia em diversas mostras no circuito internacional e expôs suas obras na Hungria (Kossut Klub), Eslováquia (Zichyho Palác), Áustria (Vorarlberg), Chile (Museu Pablo Neruda), República Tcheca (Galerie Dolmen), Alemanha (Galerie Forum Berlim am Meer) e já exportou trabalhos encomendados para Uruguai, Bolívia, Argentina, EUA, Espanha, França, entre outros. Pelo Brasil, a Filisminogravura já pôde ser vista em Maringá - PR (Cesumar), Amparo - SP (Paço Municipal Prefeito Carlos Piffer), Salvador – BA (ICBA), São Paulo, Ipiaú, Jequié, Ilhéus, Itabuna, além de mostras na UESC (Universidade Estadual de Santa Cruz), UFBA (Universidade Federal da Bahia) e UNEB (Universidade Estadual da Bahia). Novos projetosSobre os projetos atuais, Ayam conta que está avaliando a possibilidade de desenhar a capa de um livro sobre os Zapatistas, juntamente com Edson Bastos, cineasta da Panorâmica Produções, com quem trabalhou no documentário do projeto 'Afrofilisminogravura'.

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