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Dia do Escritor: João Ubaldo Ribeiro, o novo imortal baiano

O escritor foi eleito, por unanimidade, para ocupar a cadeira 9 da Academia de Letras da Bahia

• 25/07/2011 às 7:00 • Atualizada em 27/08/2022 às 7:41 - há XX semanas

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João Ubaldo também é integrante da Academia Brasileira de Letras - ABL
Na tarde do último dia 21, a apenas quatro dias para o Dia Nacional do Escritor, a Academia de Letras da Bahia (ALB), elegeu - por unanimidade dos votos de seus acadêmicos -, o escritor, jornalista, roteirista e membro da Academia Brasileira de Letras, João Ubaldo Ribeiro para ocupar a cadeira 9, que pertenceu ao prof. Cláudio Veiga, membro importante da ALB que presidiu a entidade dos 'imortais baianos' por longo tempo. João Ubaldo Osório Pimentel Ribeiro, baiano de Itaparica, onde nasceu em 1941, é formado em Direito – sem nunca ter advogado –, no início dos anos 60 fez uma interessante coluna no Jornal da Bahia, "Satyricon". Em 2008, ganhou o Prêmio Camões, que é a maior premiação da língua portuguesa. Além disso, produziu algumas obras monumentais, como "Viva o Povo Brasileiro", "Sargento Getúlio", "O Sorriso do Lagarto" e "A Casa dos Budas Ditosos", que causou polêmica e ficou proibido em alguns estabelecimentos. João Ubaldo também compôs roteiros para a televisão brasileira, adaptando algumas das suas obras para a TV e o cinema. Fluente em diversos idiomas, ele mesmo se encarrega de realizar a tradução da sua produção literária para o inglês. "Viva o Povo Brasileiro" foi, inclusive, samba-enredo da escola de samba Império da Tijuca. Agora, pertence também à Academia de Letras da Bahia.Em recente entrevista, citada no jornal Tribuna da Bahia, comentou que com mais de 50 anos de "escrevinhação nas costas", descobriu algumas ideias que muita gente faz da vida de um escritor. "Por exemplo, tem quem ache que os escritores, notadamente entre eles mesmos, só falam difícil, uma proparoxítona para abrir, uma mesóclise para dar classe e um tetrassílabo para arrematar. Além de falar difícil, os escritores são ricos. Todo mundo acha que o escritor com quem se defronta é o mesmo que, segundo os jornais, lançou oito best-sellers em sucessão nos Estados Unidos e os vendeu por todos os dólares disponíveis em Hollywood, além de ter dormido com nove em cada dez estrelas de cinema. Muitos não acreditam que o escritor, quando ganha com o que faz, leva entre 5 e 12% do preço do livro na livraria. Na verdade, a imensa maioria dos escritores tem que se virar em outras atividades, como a de professor ou de jornalista, nos intervalos das quais, desassistido e muitas vezes com fama de maluco, teima em ceder a uma vocação imperiosa ou ao que lá o impele a escrever".

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