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NEM TE CONTO

Em entrevista, Maria Bethânia fala sobre polêmico blog e revela intimidades da vida pessoal

"Às vezes, no avião, vejo essas revistas de famosos e estremeço", disse ela à revista Época

• 03/04/2012 às 10:39 • Atualizada em 29/08/2022 às 22:56 - há XX semanas

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A cantora Maria Bethânia divulga neste mês de abril o seu 50º álbum de carreira, intitulado Oásis de Bethânia. Em entrevista à revista Época para falar sobre o novo trabalho, a artista acabou revelando curiosidades, inclusive à respeito do blog de poesias que teve autorização do Ministério da Cultura para captar R$ 1,3 milhão para a produção. Entre os tópicos do bate papo, Bethânia também falou sobre a vida pessoal e revelou intimidades, quase nunca ditas em uma entrevista. Polêmica"Olhe, tenho 65 anos de idade e 47 de carreira. Desde que estreei, meus trabalhos foram elogiados ou pelo menos respeitados. Nasci em família humilde em que a ética era a chave de nossa educação, de nossa vida. Um dia devem ter pensado: que saco, essa mulher não pisa na bola! E acharam que era uma oportunidade. Esse texto da canção “Carta de amor” escrevi num momento de solidão, na época em que aconteceram esse massacre e essa grosseria. O ano passado foi difícil também pela morte de minha irmã. Então o texto saiu assim. Não sei se é uma resposta, mas, quem quiser vestir a carapuça, está aí". R$ 1,3 milhão para blog"Recebi um convite e aceitei. Optaram por um blog porque queriam a agilidade e o alcance que o meio permite. Mas, apesar de ser um blog, não era algo simples. Eram 365 vídeos, um para cada dia do ano, num projeto que envolvia teatro, equipamentos, músicos, edição, luz, uma artista, direitos autorais. Botaram no papel e, de alguma forma, chegaram a isso. Não sou eu que vou dizer se é muito ou pouco. Entraria declamando a poesia. Mas certamente, se não fosse meu nome envolvido, ninguém falaria tanto. Não estou acostumada a lidar com a estupidez. Meu trabalho é muito delicado para ser, assim, espezinhado. Cantar é muito delicado, a corda vocal é mais fina que um fio de cabelo. Mas a verdade é que hoje nem falo sobre o que aconteceu com seriedade, com um tom de gravidade. O assunto não merece". Uso da internet"Não gosto, uso muito pouco. Sou careta, antiga, fora de moda. Tenho um e-mail, só para trabalho mesmo, em que respondo “sim”, “não”, “talvez”. Inclusive a gravadora me sugeriu fazer a divulgação do disco só pela internet, como fizeram Chico Buarque e outros. Eu disse que não. Não sei fazer isso. O que sei é conversar com as pessoas, responder ao que me perguntam ali, cara a cara. E me dá prazer falar de algo de que gosto. Gosto de ter as coisas. De cheirar a capa dos livros, de manusear os encartes dos discos. Acho horrorosa a coisa virtual". Fama"Brinco que sigo cuidando dessa personagem, a cantora. Alimento a cantora, dou banho na cantora, cuido da voz da cantora, da mãe da cantora..." Vida pessoal"Descanso em casa, em Salvador, em Santo Amaro, vários lugares. Mas adoro o Rio de Janeiro. Assim que a divulgação do disco acabar, vou tomar uma cerveja no restaurante Pérgula, do hotel Copacabana Palace. Acho lindo aquilo lá. Lembra o tempo em que vim as primeiras vezes para o Rio e me apaixonei por aquele bairro. Mas gosto de ser discreta. A vitrine me cansa demais. Tenho horror a exposição. Às vezes, no avião, vejo essas revistas de famosos e estremeço. É todo mundo o tempo todo. É muito. Não sei como não dá cansaço. Em quem vê e em quem aparece". Saúde"Eu e meus irmãos demos sorte. Os Viana Velosos têm esse corpinho seco, esguio, saudável. Como de tudo um pouco, sem exageros. Gosto de comida caseira, não muito sofisticada. No mais, tenho outra sorte: não gosto de doce". Dona Canô"Não chego, não. Minha mãe teve outra vida, em outro lugar. Teve uma trajetória linda, casou-se com um homem lindo, foram apaixonados, tiveram oito filhos amados. Nem tenho o desejo de chegar tão longe. E minha mãe tem outra coisa: ela adora viver. Já eu... Minha mãe sempre repete para mim: ‘Você vive essa vida de cantora, quieta, triste’. É essa a ideia que ela tem. Minha mãe tem um temperamento de muita conversa, de casa cheia. Talvez vivesse mais se fosse como Caetano, mais suave. Mas não sou. Se falo baixo e devagar, tem alguma coisa errada. Sou de Iansã. Eu grito". *A entrevista foi concedida à repórter Martha Mendonça, da Revista ÉPOCA.

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