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SALVADOR

Rio Vermelho ganha nova orla de R$ 70 milhões: obras em março

O bairro mais boêmio de Salvador vai ficar de cara nova. As intervenções começam em março e serão feitas em três etapas

• 05/12/2014 às 9:02 • Atualizada em 30/08/2022 às 1:28 - há XX semanas

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O lugar é o mesmo, a tradição cultural e artística também e, certamente, a boemia vai continuar. Mas, a partir de março do ano que vem, o bairro do Rio Vermelho deve começar a ficar com um visual um tanto diferente.
Estacionamento onde fica o Acarajé de Regina ganha paisagismo. Ligação entre a Rua João Gomes e Rua da Paciência terá piso compartilhado (Foto: Divulgação)
Quase um ano após a previsão inicial de quando seria dada a ordem de serviço (em fevereiro deste ano), a licitação para a reforma da orla do bairro foi publicada na quinta-feira (4) no Diário Oficial do Município.
Pelo edital, a empresa vencedora será escolhida no dia 14 de janeiro de 2015 e, de acordo com estimativas da Fundação Mário Leal Ferreira, as intervenções começam no início de março.
A Rua Fonte do Boi, acesso aos hotéis Pestana, Ibis e Mercure, também terá piso intertravado e espaço compartilhado entre carros e pedestres (Foto: Divulgação)
Por ser um projeto grande - o valor total está estimado em R$ 70 milhões, com recursos municipais - as obras devem ser divididas em três etapas. A primeira compreende o trecho entre o Largo de Santana (Dinha) e o Largo da Mariquita (Cira), enquanto a segunda vai da Praia da Paciência até o Largo de Santana e a última, do Largo da Mariquita ao Quartel de Amaralina.
Ao todo, são 2,3 quilômetros de extensão e uma área total de 141 mil m². O prazo para que as intervenções sejam concluídas é de 28 meses, segundo a presidente da fundação, Tânia Scofield. Ou seja: o obra deve ser concluída até julho de 2017.
“A Sucop (Superintendência de Conservação e Obras Públicas) tem definido que a primeira etapa tem que ser concluída em outubro de 2016. Mas não é necessário terminar a primeira etapa para começarmos a segunda e a terceira”, explicou Tânia, que não soube dizer a previsão de início das etapas seguintes. Segundo ela, a preocupação que se deve ter é fazer “um planejamento para trazer o mínimo de prejuízo a moradores, comerciantes e todos que usam a área”.
Revisão
O atraso, de acordo com ela, foi devido à necessidade de fechar projetos complementares, como a drenagem e a substituição da rede de esgoto. Os custos do projeto também mais do que dobraram: no ano passado, falava-se numa quantia entre R$ 25 milhões e R$ 30 milhões.
“Antes, tínhamos apenas o projeto urbanístico. Depois, decidimos trabalhar com o enterramento de toda a rede e isso tem um custo altíssimo, que não estava previsto. Só o orçamento da Coelba foi de R$ 24 milhões”, citou.
Mesmo assim, ainda que a paisagem mude, a proposta do projeto é que toda a tradição do Rio Vermelho continue lá. “Queremos valorizar o caráter bucólico e boêmio do bairro, que também é artístico e tem uma história. Diria que o ponto forte do projeto é esse, porque é um espaço onde tem restaurantes, bares, comércio, baianas, mesas ao ar livre e é um bairro residencial muito tradicional”, continuou.
E quem gostou da nova Barra deve gostar do novo Rio Vermelho, segundo o diretor de projetos estratégicos da Secretaria Municipal da Casa Civil, Paulo Hermida.
“É uma realidade diferente, mas também é um projeto para fortalecer o convívio das pessoas. No Rio Vermelho, temos áreas com circulação de pessoas, mesmo à noite. Por isso, teremos o piso compartilhado também, como na Barra”.
O espaço compartilhado, que coloca pedestres, automóveis e bicicletas para conviver no mesmo lugar, ficará entre os dois largos do bairro, segundo Tânia Scofield. Ainda assim, não se engane: o cartão-postal final vai ser diferente do resultado da Barra.
“Não é a mesma coisa. Na Barra, existe restrição de veículos, com áreas só para moradores. No Rio Vermelho, todos os carros vão poder passar, mesmo que não sejam de residentes. É totalmente aberto”, explicou Tânia.
Mas, para isso, a velocidade, que hoje chega a 50 km/h, deve ser reduzida. Isso ainda não foi definido, mas, na Barra, a velocidade nos locais onde há piso compartilhado fica entre 20 km/h e 30 km/h.
Novas praças
A estrutura das ruas não deve mudar. No entanto, as vias vão ganhar passeios mais largos, ciclovias em toda a extensão da reforma, melhoria da iluminação e intervenções de paisagismo. Também haverá rampas de acessibilidade para a praia e lixeiras subterrâneas como as da Barra.
Pelo menos dois quiosques serão instalados - um ao lado da quadra de esportes e outro numa praça que será construída no largo entre as ruas Odilon Santos e Oswaldo Cruz (Praça Brigadeiro Faria Rocha, antigo final de linha do bairro, onde hoje fica a Companhia da Pizza).
Ali, será feita a única grande intervenção no trânsito. Os largos de Santana e da Mariquita ganham um piso diferente, com desenhos misturando piso intertravado, cimento e concreto.
“Temos áreas de contemplação, as baianas estão garantidas em seus pontos e vamos valorizar o entorno da igreja, em Santana”, contou Tânia Scofield. A área da colônia de pescadores e da Casa de Iemanjá será revitalizada.
Outra praça será criada na área verde em frente ao quartel. “Será um espaço para famílias e crianças”, diz.
Participação
Desde o ano passado, os moradores participam de discussões com a prefeitura sobre a renovação do bairro. “Tratavam o bairro como se fosse uma ponte entre Ondina e Amaralina, mas agora vamos ter uma orla tão bonita quanto a Barra, ou ainda mais”, disse o presidente da Associação de Moradores do Rio Vermelho, Lauro Matta.
Mesmo que as novidades interfiram na rotina, o diretor da Central de Entidades do Rio Vermelho, Ubaldo Porto, é favorável às mudanças. “A gente tem que privilegiar o pedestre. Estamos torcendo para que seja realizado o mais rápido possível”, declarou.
Correio24horas

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