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SALVADOR

Seis empresas recusam licitação para colocar Linha 1 nos trilhos

Fiações expostas, portas quebradas, mato tomando conta e muita sujeira representam a situação da Estação Acesso Norte

• 24/08/2012 às 9:17 • Atualizada em 30/08/2022 às 22:18 - há XX semanas

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Se o metrô funcionasse, a prefeitura poderia até usá-lo nas buscas, mas, na falta dele, a administração municipal está precisando mesmo é correr atrás de alguém que esteja disposto a finalmente colocá-lo para rodar. Isso porque todas as seis empresas que analisaram um edital de licitação aberto em julho pela prefeitura em busca de alguém que colocasse os trens para funcionar rejeitaram o contrato. “Isso chega a ser frustrante. Dependemos só disso para operacionalizar o metrô”, disse o secretário de Transportes e Infraestrutura (Setin), José Luiz Costa, sem querer revelar o nome das empresas consultadas. Em dezembro do ano passado, o prefeito João Henrique garantiu que o metrô estaria funcionando no 1º semestre deste ano. Nesta quinta (23), a assessoria disse que a agenda do prefeito está lotada e indicou a Setin para falar sobre o tema. O secretário explica que a proposta ainda não era nem para operar efetivamente o sistema, mas para fazer “revitalização e testes” do trecho Lapa - AcessoNorte. As obras de recuperação seriam necessárias, segundo Costa, para fazer reparos por conta de desgastes e pequenas avarias.
Os trens do metrô estão parados há quatros anos - chegaram à cidade, novos, em novembro de 2008. Em junho deste ano, o CORREIO mostrou que uma das composições já tem até rachadura. Ontem, a equipe teve acesso às dependências da Estação Acesso Norte e viu fiações expostas, portas quebradas, mato tomando conta e muita sujeira.“Tudo isso só piora se não colocar o metrô em operação. Por isso temos que correr”, pontua Costa. Última cartadaO secretário disse que uma nova licitação para procurar empresas interessadas será aberta ainda este mês. “Se novamente não houver interesses, vamos pedir dispensa de licitação e fazer uma contratação direta, conforme previsto na Lei de Licitações, que permite a prestação de serviço em situações emergenciais, serviços de alta complexidade ou falta de interesse”, diz. O prazo estabelecido pela própria Setin para conseguir uma empresa é 30 de setembro. “Outubro ficaria para ajustes. Teremos novembro e dezembro para começar os trabalhos de revitalização dos vagões, estações, e depois realizar os testes e a fase de pré-operação, funcionando para a população gratuitamente”, declara o secretário. Entre os motivos apresentados à prefeitura pelas empresas que recusaram operar o metrô de Salvador estão a dificuldade de montar um escritório na cidade e o excesso de contratos com outras instituições no país. Mas o próprio secretário acha que o motivo real é outro: as empresas estariam ressabiadas de firmar contrato no fim da gestão de João Henrique, já que não haveria garantia de permanência na exploração do serviço a partir do ano que vem. “Não vejo outro motivo. O contrato e os valores estão iguais a outras cidades que já operam o sistema. Pra mim esta insegurança por parte das empresas é o fator determinante. Essa é minha opinião”, declara. Questionado se o fato de as empresas terem apenas seis quilômetros para operar não seria um entrave, o secretário disse que não. Segundo ele, a prefeitura ou o governo subsidiaria uma parcela do valor das passagens. “Isso é comum em outras capitais e não seria motivo para preocupação para prejuízo”, completa. Para José Luiz Costa, Salvador está numa má fase. “São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba tiveram problemas na implementação do metrô, mas depois provaram que é viável. Salvador está passando por isso”, argumenta. Veja também: Metrô de Salvador vira piada em “A Grande Família” Propostas dos prefeituráveis para o metrô Mário Kertész (PMDB)“Essa linha de 6 km é insuficiente. Enquanto não houver a linha 2, esse metrô não terá utilidade. Vai ligar nada a coisa nenhuma”, sentencia. “A prefeitura não tem condições financeiras para bancar o funcionamento de um metrô. O prefeito tem que sentar com o governador para passar para o governo estadual”, afirma. O postulante não acredita que haja necessidade de mais projetos para integrar o metrô à rede de transporte. “Não tem mais obras a fazer”, diz. Nelson Pelegrino (PT)O candidato diz que houve erros na administração da obra. “A equação não fechava”, diz. Para ele, a prefeitura não tem como manter o sistema. “O metrô tem que ser estadualizado”. Ele prevê projetos de integração com a rede de transporte municipal. “As linhas 1 e 2 devem ser alimentadas”. Pelegrino afirma que é preciso criar uma empresa metropolitana, da qual o estado seria majoritário, para administrar o sistema. Márcio Marinho (PRB)O candidato garante que, se eleito, agilizará o funcionamento do metrô. “Vou botar para funcionar. Salvador é uma cidade que já passou do tempo de ter um metrô decente”, diz. Ele promete integrá-lo ao trem do Subúrbio. “Vamos trabalhar com o governo estadual e com a iniciativa privada para estendê-lo até Lauro de Freitas”. Para Marinho, a prefeitura tem que dar incentivos à empresa que for responsável pela administração para manter a tarifa baixa. Rogério Da Luz (PRTB)“O custo-benefício do metrô é inviável para qualquer empresa. Ninguém vai querer essa batata quente”, afirma o candidato, que defende que, após a construção da linha 2, o metrô deve ser expandido até Águas Claras. Da Luz acredita, no entanto, que a prefeitura deve investir na construção de aerotrens. “O custo médio de construção de um aerotrem é de R$ 40 milhões por km. O metrô é cinco vezes mais caro”, diz. ACM Neto (DEM) “Precisamos entender que a Linha 1, os seis quilômetros, precisa funcionar. Mas não dá para imaginar que você vai fazer a licitação para operar a Linha 1 sem que isto esteja casado com o resto do sistema. O governo do estado vai definir até o fim do ano o consórcio que vai construir e operar a complementação da Linha 1 à Linha 2. Esse consórcio necessariamente tem que ter a obrigação de colocar para funcionar a Linha 1 de imediato. Não dá para licitar a operação só de 6 km”. Hamilton Assis (Psol)O CORREIO tentou contato com o candidato durante a manhã e a tarde de ontem, sem sucesso. A assessoria do candidato também foi procurada ao longo da tarde, mas os telefones estavam desligados ou ninguém atendia. A última tentativa foi às 21h45. Matéria original Correio 24h Seis empresas recusam licitação para colocar Linha 1 nos trilhos

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