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Sem chances na Bahia, promessa do skate "sai de casa" por vaga no Brasileiro

Alex Cardoso, 25 anos, é o atual campeão baiano e nordestino e compete em Sergipe e Ceará em busca de um lugar na competição nacional

• 01/10/2011 às 10:30 • Atualizada em 01/09/2022 às 8:41 - há XX semanas

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Alex gosta de treinar nas pistas dos Barris e do Imbuí
O que só se via nos corrimões, escadas e calçamentos de Salvador, pode ganhar olhares nacionais. As brincadeiras do garoto baiano de 12 anos, que usava o skate do irmão na porta de casa, podem acabar, 13 anos depois, no Campeonato Brasileiro de Skate. Alex Cardoso, 25 anos, é um dos grandes nomes do skate na Bahia. Atual campeão baiano e nordestino, o skatista precisa competir fora do seu estado para conseguir um grande objetivo.Os treinos já lhe renderam os títulos estadual e regional de skate, que ainda lhe pertecem, mas agora Alex está focado em outra jornada: participar pela primeira vez do Campeonato Brasileiro de Skate Street Amador. E está confiante: "não fico naquela paranoia, eu estou bastante determinado, coloquei isso em minha cabeça, estou fazendo as coisas certas, pra vir naturalmente", disse.Hoje ele está acostumado a se aventurar nas pistas do Vale dos Barris e do Imbuí, mas nem sempre teve sua própria pranchinha com rodas. "O primeiro skate que tive, na verdade, era dividido pra três: eu, meu irmão e um irmão 'emprestado' da gente. Aí juntamos dinheiro e fomos comprando os outros skates, um por mês", lembrou Alex Cardoso, que há muito tempo se livrou do tal rodízio.Para chegar à disputa nacional, Alex precisa bancar o "estrangeiro". O circuito baiano não é classificatório para o Campeonato Brasileiro. A saída encontrada, então, foi entrar em circuitos de outros estados. Atualmente o skatista, que mora na Fazenda Grande do Retiro, em Salvador, participa dos circuitos sergipano e cearense. "Infelizmente a Bahia não dá essa vaga, o circuito não é seletivo. No cearense se classificam os três primeiros. No sergipano são cinco vagas", explicou o skatista, justificando o foco em competições fora de casa.
Recentemente Alex Cardoso fechou patrocínio com a Edye Radical CO. Ele diz que o apoio financeiro está ajudando bastante para entrar na briga por um lugar no Brasileiro. Mas ainda assim lembra que, para maioria dos skatistas baianos, o caminho é difícil. "Aqui tem caras muito bons, de alto nível, mas por falta de incentivo acabam desacreditando do seu sonho".Redutos - Antes de viajar, é em Salvador que Alex e seus amigos treinam. Os locais são velhos conhecidos dos skatistas soteropolitanos e a promessa do esporte confirma. "Costumo treinar na pista do Imbuí ou dos Barris. Quatro horas por dia. Os lugares podem crescer, mas não dá pra dizer que tá ruim. Sempre vou pra os treinamentos com meus amigos. Com eles a vibe é diferente". Apesar da maioria das competições serem disputadas em pista, o skate de rua (Street) é a grande paixão do baiano, e ele explica o porquê. "As manobras de rua são bem mais difíceis, valorizam muito o atleta. Quando você anda na rua é aquela dificuldade, aí quando você vai pra pista fica mais fácil". Bahia no circuito nacional - A partir de 2012 o circuito baiano de skate pode passar a ser classificatório para o campeonato brasileiro e aumentar as chances de skatistas da Bahia entrarem na disputa. Mas por que isso ainda não aconteceu? "O critério utilizado hoje pra o circuito ser homologado é financeiro. Não houve recurso suficiente pra fazer esse pedido à confederação", argumentou Jorge Medeiros, ex-presidente da Federação de Skate do Estado da Bahia (Feseb), que deixou o cargo no início de 2011. Apesar das dificuldades apontadas por Jorge, a nova gestão da Feseb fez novo pedido de homologação que pode garantir vagas para a Bahia já no próximo ano. "A gente está negociação. A Feseb passou por uma renovação, eles entraram em contato com a gente pedindo que o circuito fosse seletivo. A ideia é que isso aconteça a partir do ano que vem", disse Edson Scander, vice-presidente da Confederação Brasileira de Skate (CBSk), que ainda acrescentou que as chances de homologação são grandes. O benefício para os skatistas baianos poderia ter chegado já no circuito deste ano, mas a competição na Bahia termina depois do prazo mínimo exigido pela CBSk. "Como o nosso circuito não vai terminar antes, a gente não vai poder entrar no Campeonato Brasileiro. Mas já estamos nos organizando para o próximo ano", afirmou o atual presidente da Feseb, Jeferson Albuquerque.

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