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Bahia e ciência: cientistas baianos que você deveria conhecer

Esta é uma das matérias que compõe o especial 'Brilho Baiano', onde o portal iBahia lista novos talentos de diversas áreas

Redação iBahia • 04/01/2021 às 16:57 • Atualizada em 27/08/2022 às 0:52 - há XX semanas

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Neste ano de 2020, com a pandemia do novo coronavírus, pode-se perceber ainda mais a importância da ciência na nossa vida. Mesmo que você não saiba, cientistas baianos de diversas áreas ampliam a perspectivas da ciência, fazem descobertas e ganham prêmios no Brasil e ao redor do mundo.

Nesta lista, você irá conhecer a história de uma biomédica, um programador e um químico que mostram como desenvolveram as suas habilidades, quais foram os momentos mais inesquecíveis das suas carreiras e de que forma a Bahia influencia e faz parte das suas trajetórias pessoais e profissionais.

Esta é uma das matérias que compõe o especial 'Brilho Baiano', onde o portal iBahia lista novos talentos de diversas áreas: música, empreendedorismo, artes cênicas, ciências, audiovisual, literatura e artes plásticas.


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Se pudéssemos resumir a história da cientista Jaqueline Góes, de 30 anos, até este momento seria: a capacidade de aceitar as mudanças e se desenvolver diante delas. Natural de Salvador, foram as escolhas da pesquisadora que fizeram com que ela chegasse a ocasião de ter liderado, ao lado pesquisadora Ester Sabino, diretora do Instituto de Medicina Tropical (IMT) da Universidade de São Paulo (USP), a equipe que sequenciou o genoma do novo coronavírus no Brasil em 48h.

Os primeiros passos de Jaqueline Góes no mundo da ciência foram na Friocruz Bahia


Segundo Jaqueline, que se formou em Biomedicina na Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, o talento na área começou a ser desenvolvido e despertado quando ele passou a fazer parte da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) como estudante de iniciação científica. "Quando eu comecei, não sabia absolutamente nada, tive que que aprender tudo. Trabalhei ao lado da doutora Gizele Calazans e neste período fiz vários experimentos ao lado dela e adquiri experiência", contou Jaqueline.

As decisões que a cientista baiana tomou ao longo da carreira foram primordiais e marcantes para que ela chegasse até aqui. "Primeiro, me mudei para Ribeirão Preto (SP) para fazer mestrado, sair de casa e ficar longe da minha família pela primeira vez. A segunda mudança foi meu projeto de doutorado que tomou um novo rumo após eu eu trabalhar com sequenciamento de genomas para ajudar um grupo de pesquisa. Após isso, a minha mudança para São Paulo, para o meu pós-doutorado, que me levou a essa direção de fazer o sequenciamento do Sars-CoV-2 com um grupo de pesquisa tão importante no Brasil e no mundo", detalhou.

Mesmo distante, na capital paulista, Jaqueline ressalta a importância da Bahia na construção da sua carreira acadêmica. "Durante os 11 anos que trabalho com pesquisa científica, nove eles foram em Salvador. Toda essa estrutura que hoje eu consigo utilizar começou na Fiocruz Bahia que é a minha casa do coração".



Na região do sertão da Bahia, mais precisamente em Jaguaquara, um talento baiano se desenvolveu nas escolas públicas de viés católico da região. José Carlos Santos, que hoje é químico, cientista e trabalha no desenvolvimento de tratamentos de câncer de próstata na Alemanha, viu na dificuldade que vivenciou ao lado dos sete irmãos, um impulso para vencer e superar os desafios.

José Carlos Santos acredita que o conhecimento precisa ser usado para ajudar as pessoas

Desde pequeno ele se destacava com as boas notas, mas ele decidiu seguir a linha da pesquisa científica quando ingressou Instituto Federal Baiano (IFBaiano), em Santa Inês, onde estudou como interno, em 2000, e recebeu todo o apoio do governo. "Sempre fui apaixonado pela ciência, me formei em Licenciatura em Química na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) e também trabalhei como professor em uma das escolas em que eu estudei quando era criança. Meu espírito desafiador me fez ir até à Alemanha, onde fiz um mestrado na área de química medicinal", disse o cientista. Ele também possui um outro mestrado em Química Radiofamacêutica e Terapêutica, pela Universidade Clássica de Lisboa, Portugal e é doutor pela Universidade de Heidelberg, também na Alemanha.

Inicialmente, José Carlos trabalhou em um projeto em que isola substância de frutas tropicais para auxiliar na prevenção do câncer que ajuda na eliminação dos radicais livres que podem levar a mutação das células. Atualmente, ele desenvolve novas radioterapias para o tratamento de câncer de próstata, que tem uma função dupla de terapia e diagnóstico, a depender da forma como é aplicada.

Além de todo o projeto científico que está sendo trabalhado no exterior, José Carlos Santos também possui uma instituição filantrópica (saiba mais aqui) em parceria com a irmã, que é enfermeira, para acolher idosos em situação de vulnerabilidade social em Apuarema, interior da Bahia. "Precisamos usar o nosso conhecimento para ajudar as pessoas, pois ele só é válido quando é colocado a serviço do povo. Tanto esta instituição, quanto às minhas pesquisas aqui na Europa, são formas de louvar a minha terra e ao mundo por tudo o que recebi", pontuou.



  • Thiago Barbosa, estudante de análise de sistemas, integrante da time baiano que ganhou o mundial do Hackathon da Agência Espacial Americana (NASA)


O mar da Baía de Todos os Santos foi uma das principais inspirações do projeto 'Ocean Ride', realizado pela equipa cafeína, vencedor do mundial do Hackathon da Agência Espacial Americana (NASA). A equipe, formada por pelo estudante de Engenharia Química, Ramon de Almeida, 22 anos, pelos alunos de Administração Antônio Rocha, 18, Pedro Dantas, 19, e Genilson Brito, 18, e pelo futuro analista e desenvolvedor de sistemas, Thiago Barbosa, 24, usou como base o Gerador de Van Der Graff para desenvolver um mecanismo que possa atrair e captar resíduos plásticos nos oceanos, que são ingeridos por animais marinhos, comprometendo a vida deles, dos animais que se alimentam deles, inclusive os humanos.

Equipe Cafeína irá conhecer o centro espacial da Nasa, na Flórida (EUA)

"Entre a etapa nacional e o resultado da etapa mundial, na qual ganhamos na categoria melhor uso de hardware. Foram meses de ansiedade e, na hora que recebemos a notícia que fomos os vencedores, cada um comemorou de um jeito", detalhou Thiago Barbosa, estudante de análise de sistemas e integrante da time baiano vencedor da competição.

Sobre a elaboração do projeto, o futuro analista de sistemas contou que cada um ajudou de algum jeito e não existiam funções definidas, todos nós colaboramos, tivemos a ideia em conjunto", explicou o estudante. O prêmio para os finalistas é um convite para conhecer o centro especial da Nasa na Flórida, nos EUA. A visita ainda não foi realizada por causa da pandemia do novo coronavírus.

Quanto ao potencial da Bahia diante da ciência, Thiago garantiu que aqui no estado existem muitos talentos, mas que os investimentos devem ser mais acessível. "É preciso construir locais e centros de tecnologia nas áreas periféricas de Salvador, sem burocracia, com mais acessibilidade. A Bahia tem muito para mostrar para o mundo".

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