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Saúde

Duas pessoas morrem após atendimentos consecutivos em UPAs de Salvador

UPAs de São Marcos, São Cristóvão e Santo Inácio estão na lista. Entenda história!

Redação iBahia • 05/07/2023 às 14:41 - há XX semanas

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					Duas pessoas morrem após atendimentos consecutivos em UPAs de Salvador
Foto: Reprodução/TV Bahia

Um jovem de 25 anos e uma mulher de 43 anos morreram após atendimentos consecutivos em diferentes Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Salvador. Segundo informações do g1 Bahia, o primeiro caso foi registrado entre os dias 26 e 29 de junho.

Laudenice Lima foi atendida três vezes em duas unidades - UPA de São Marcos e UPA de São Cristóvão - e liberada sem que houvesse um diagnóstico. Familiares contam que no dia 26 de junho, a aposentada por invalidez deu entrada na UPA de São Marcos, com forte dor na região do tórax e vomitando sangue.

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Após atendimento, a mulher foi liberada. No dia 28, ela voltou a passar mal e levada por equipes do Serviço Móvel de Urgência (Samu) para a UPA de São Cristóvão. Na unidade, ela tomou uma medicação e recebeu alta hospitalar, ainda sem diagnóstico.

Um dia depois, Laudenice voltou para UPA do bairro de São Marcos. A filha dela, Josilane Lima, conta que a mãe deu entrada pouco depois das 10h e fez o primeiro exame somente no final da tarde. No atestado de óbito, Laudenice Lima morreu por infecção generalizada e insuficiência cardiorrespiratória.

A filha da mulher acredita que houve falha humana no atendimento. "Eu sempre cuidei de minha mãe e era só o que eu queria. Que eles tivessem internado minha mãe, como ela pediu: 'Por favor, me internem. Eu não estou aguentando mais'. Vi o descaso", disse Josilane Lima.

"Eles só aplicavam soro na minha mãe e não passavam nenhuma outra medicação. O porteiro riu e disse que ela estava fingindo para ser atendida, sendo que ela estava tendo uma parada cardíaca naquele exato momento", denunciou.

O caso é investigado pela Polícia Civil. A gestão das duas UPAs são terceirizadas e prestam serviços para a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Segundo a gerente executiva de urgência de Salvador, Adielma Nizarala, uma linha de investigação foi aberta e as informações serão disponibilizadas para a família da mulher.

"Qualquer familiar pode, diante de uma suspeita de que aquele paciente não foi atendido adequadamente, ele pode fazer um boletim de ocorrência, abrir uma solicitação na Ouvidoria, uma queixa no Ministério Público, no Cremeb. A família tem direito de fazer questionamentos e nós o dever de fornecer informações e acolher os familiares com as demandas", explicou Adielma Nizarala.

Segundo caso


				
					Duas pessoas morrem após atendimentos consecutivos em UPAs de Salvador
Foto: Reprodução/TV Bahia

Bruno Mota dos Santos, de 25 anos, morreu após internação na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de São Marcos. Os familiares informaram que ele apresentou sintomas de ânsia de vômito, dor de barriga e febre desde a última semana. Segundo informações do g1, o jovem procurou - inicialmente - o Hospital Professor Eládio Lasserre, também na capital baiana, onde recebeu o diagnóstico de virose. Ele foi medicado e liberado para casa.

A irmã de Bruno, Caroline Mota, disse que o irmão melhorou mas voltou a passar mal. Em busca de atendimento, ele foi até a UPA de São Marcos. Lá, ele teve o mesmo diagnóstico e o mesmo atendimento: foi medicado e liberado. No entanto, Bruno continuou com os sintomas fortes e buscou a UPA do bairro de Santo Inácio, onde teve assistência semelhante.

Após apresentar quadro convulsivo, ele retornou com a esposa para a unidade de São Marcos. Caroline Mota disse que quando ele chegou na UPA com a esposa, ambos solicitaram testes de teste de dengue, chikungunya e meningite. A unidade de saúde informou que realizou os testes. Entretanto, a família revela que só quando constataram o óbito da vítima, no dia 3 de julho, que os funcionários apresentaram o exame para a família.

Caroline e a família de Bruno registraram um boletim do caso na 10ª Delegacia de Pau da Lima, que vai investigar a causa da morte.

"Será que se meu irmão não fosse um negro da periferia de Salvador, será que se ele tivesse dinheiro, ele seria tratado bem melhor? Se eu, Caroline, irmã de Bruno, tivesse condições de levar meu irmão para um lugar melhor, eu tenho certeza que o tratamento seria outro", afirmou a mulher.

O corpo de Bruno Santos foi sepultado na terça-feira (4), no Cemitério Ordem Terceira de São Francisco, na capital baiana. A perícia e o resultado com informações da causa da morte só deve sair em 30 dias. Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) lamentou a morte de Bruno e disse que os fatos serão apurados para esclarecimentos públicos e junto à família.

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