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Em assembleia, operários da Fonte Nova decidem manter greve

Também terminou sem acordo a negociação geral ocorrida na tarde desta segunda-feira

• 16/04/2012 às 17:12 • Atualizada em 06/09/2022 às 18:15 - há XX semanas

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Contrário às expectativas de término da greve dos operários da Arena Fonte Nova, os trabalhadores da construção pesada decidiram continuar a paralisação em assembleia realizada na manhã desta segunda-feira (16), em frente ao canteiro de obras no Dique do Tororó. Os operários rejeitaram a proposta elaborada em reunião entre o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada da Bahia (Sintepav) e o Consórcio Arena Fonte Nova, mediada pela Governadoria na última sexta-feira (13), e fizeram uma caminhada da obra da Arena Fonte Nova até o Campo da Pólvora. Segundo a assessoria do Sintepav, o desejo de um acordo global, não restrito aos operários da Arena Fonte Nova, foi um dos motivos para a decisão de manter a greve. Com cerca de 3 mil trabalhadores, os operários do estádio representam 10% da categoria que está paralisada. Ou seja, 30 mil estão de braços cruzados. A negociação específica para a Arena Fonte Nova propôs reajuste salarial de 11%, cesta básica no valor de R$ 220,00, horas extras aos sábados a 85% e o prazo de 60 dias para a implantação do plano de saúde, devido à necessidade de estudo para sua aplicabilidade. Esta foi uma proposta apresentada pelo Sintepav ao Consórcio durante a reunião na Governadoria. Ela foi analisada pelo Consórcio, o qual se demonstrou favorável no último sábado (14), de acordo com o Sintepav. O propósito de firmar acordo específico com os operários da Arena é de não interromper o andamento das obras no estádio para, assim, não comprometer o cronograma e a participação de Salvador na Copa das Confederações, em 2013. Em julho, a Fifa dará o parecer sobre a presença ou não da capital baiano na competição. Negociação geral termina sem acordo A negociação geral, voltada para toda a categoria, realizada na tarde desta segunda-feira (16) entre o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada e Montagem Industrial do Estado da Bahia (Sintepav) e o patronato, sob mediação da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), terminou sem acordo. O Sintepav decidiu manter a proposta já apresentada. O Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon), o sindicato patronal, afirmou na negociação que não haviam chegado a um consenso. Com isto, proporam a interrupção da mediação e uma nova rodada de negociação. Uma nova mediação está marcada para esta terça-feira (17), às 14 horas, novamente na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), para decidir os rumos da greve que chega nesta segunda ao quinto dia. A categoria também realizará uma nova assembleia nesta terça, na Praça do Fórum Ruy Barbosa (Nazaré) às 07h30. Há possibilidade de retorno dos trabalhos na obra de captação de água das regiões de Irecê, Central e Itaguaçu, afetados pela seca. O Sintepav está em discussão com os trabalhadores que atuam nesta obra a respeito da suspensão da greve e ao trabalho com tarjas para marcar sua posição de adesão responsável a paralisação da categoria, atendendo a um pedido do Governo do Estado. Por outro lado, o Sindicato exige a fiscalização das empresas que realizam aquela obra. Negociações relativas à Arena Fonte NovaO Sintepav-Bahia e o Consórcio Arena Fonte Nova reuniram-se na última sexta-feira (13), com a mediação da Governadoria. Durante a reunião, entre as principais reivindicação do sindicato, estavam o reajuste salarial de 13%, cesta básica no valor de R$ 250,00, horas extras a 100% aos sábados e o plano de saúde para empregados e dependentes. Diante desta reivindicação, a o consórcio ofereceu a proposta de reajuste salarial de 10%, cesta básica no valor de R$: 200,00, a continuidade dos 70% das horas extras aos sábados e a inviabilidade de conceder o plano de saúde para a categoria. Então, o sindicato propôs reajuste salarial de 11%, cesta básica no valor de R$: 220,00, horas extras aos sábados a 85% e o prazo de 60 dias para a implantação do plano de saúde. De acordo com o Sintepav, a proposta analisada pelo Consórcio, o qual se demonstrou favorável no último sábado (14), mas ela foi rejeitada pelos trabalhadores em assembleia realizada na manhã desta segunda-feira (16). Entenda a greveA greve dos trabalhadores da Construção Pesada começou na última quinta-feira (12) e entra nesta segunda em seu quinto dia. A paralisação acontece devido à campanha salarial da categoria cuja data base é 1º de março. Representantes do Sintepav e do Sinicon, o sindicato patronal, negociam a interrupção da greve em todo estado. Na pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2012, os trabalhadores exigem 20% de reajusta salarial, mas o patronato aceitou ceder apenas 10%, além de aumentar o valor da cesta básica de R$ 130 para R$ 160 - os trabalhadores exigem R$ 250. Como nas reuniões com o Consórcio, o ponto prioritário para Sintepav é a assistência médica para os empregados e seus dependentes legais, o que não foi atendido pelo Sinicon. Outras exigências são horas extras de 80% de segunda a sexta, 100% aos sábados e 120% aos domingos e feriados. Mais de 30 mil trabalhadores estão em greve. A paralisação afeta o andamento de 301 obras na Bahia, incluindo a Arena Fonte Nova, Via Expressa, Via Bahia, Polo Naval, Consórcio 093.

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