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Família é resgatada em situação análoga à escravidão na Bahia

Grupo era responsável pelo trabalho roceiro e cuidado com gado

Redação iBahia • 14/07/2023 às 13:48 • Atualizada em 14/07/2023 às 14:08 - há XX semanas

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					Família é resgatada em situação análoga à escravidão na Bahia
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Onze pessoas da mesma família, que trabalhavam em situação análogas à escravidão, foram encontradas em uma ação conjunta do Ministério do Trabalho e Emprego, do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Defensoria Pública da União (DPU). As vítimas estavam na zona rural do município de Santa Inês, no Vale do Jiquiriça, na Bahia.

De acordo com a Superintendência do Trabalho, além das 11 resgatadas, outras oito, também da mesma família - incluindo crianças - foram resgatadas. O grupo estava em um alojamento precário há 30 dias, com alimentação improvisada, péssimas condições de higiene e conforto, e sem acesso a água corrente.

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A Superintendência do Trabalho informou também que o grupo não podia ir à cidade para comprar os alimentos. Por isso, fazia notas para o empregador, que abateria esses valores dos salários. No entanto, os trabalhadores não tinham acesso ao dinheiro pelos quais eles pagavam os alimentos.

Vale ainda pontuar que os trabalhadores tinham alimentação escassa e chegaram a passar fome. Eles ainda informaram que foram comunicados de que estariam devendo ao empregador.

				
					Família é resgatada em situação análoga à escravidão na Bahia
Foto: Reprodução/Redes Sociais
O empregador estava na fazenda no momento da operação e recebeu um termo de ajuste de condutas; assim como um acordo de pagamento das verbas trabalhistas e rescisórias no valor de R$ 50 mil. A Superintendência do Trabalho diz que a situação encontrada na zona rural se constitui servidão por dívida, e é um dos indicadores de trabalho escravo, além das condições degradantes dos alojamentos sem condição de dignidade.


A família é natural do município de Capim Grosso, no norte da Bahia e viajou até Santa Inês, cidade que fica a mais de 300 quilômetros de distância, por causa do emprego.

Grupo trabalhava com gado

Os onze resgatados eram responsáveis pelo trabalho roceiro, com cuidados com o gado, mas sem condições seguras. Eles chegaram a aplicar venenos em animais sem o material necessário, apenas com uma garrafa perfurada.

Baseado no cálculo do empregador, que não foi divulgado, os trabalhadores foram expulsos do local ainda com débitos durante a estadia. Eles foram encontrados na estrada, após andar cerca de 20 quilômetros.

O resgate foi feito por auditores-fiscais do Ministério do Trabalho, que fizeram a inspeção do local na fazenda acompanhados de uma procuradora do trabalho, um procurador da Defensoria Pública da União (DPU) e uma assistente social da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, além de agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

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