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Antes de morrer, jovem relatou na web agressão da mãe por ser gay

"Cuidado com quem vocês chamam de mãe", postou o adolescente

Redação iBahia • 16/01/2017 às 19:45 • Atualizada em 30/08/2022 às 23:16 - há XX semanas

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O adolescente Itaberli Lozano, 17 anos, fez uma postagem no Facebook dois dias antes de ser morto afirmando que havia sido agredido pela mãe por ser homossexual. As imagens da publicação foram recuperadas por amigos do jovem após a denúncia ser deletada e entregues ao Ministério Público. O promotor Wanderley Trindade vai denunciar a gerente de supermercado Tatiana Lozano Pereira, 32 anos, por crime de homofobia por ter matado o filho.
Tatiana e o marido, Alex Pereira, 30 anos, foram presos na quarta-feira, depois de confessarem o crime, em Cravinhos (SP). Outros dois jovens, de 18 e 19 anos, foram presos na sexta por participar do crime. "Acredito que foi a própria Tatiana quem apagou a postagem quando ele foi assassinado, porque ela estava com o celular dele na madrugada do crime. Para provar, estou pedindo a quebra de sigilo na Justiça”, afirmou ao G1 o promotor.
No texto, Itaberli relata que foi espancado "pela mulher que chamava de mãe" por ser gay e que uma "renca de moleques" foram colocados por ela para agredi-lo. Ele conta que foi até Franca, para a casa de um amigo, em fuga das ameaças e agressões. Dario Rosa, tio paterno do adolescente, já havia dito que Tatiana não aceitava o fato do filho ser gay e que isso gerava muitas brigas na família.
Homofobia
Segundo a investigação da polícia a mãe do jovem e o padrasto dele foram presos suspeitos de terem executado do rapaz pois não aceitavam o fato dele ser gay. “A mãe dele não aceitava e a gente já desconfiava, porque ela não quis prestar queixa. Acho que a mãe tem que cuidar do filho e não fazer o que ela fez. Ele era um rapaz que trabalhava, era educado, era um menino, mas estava na fase de trabalhador”, disse Dario Rosa, tio paterno.
Preconceito em família
O adolescente, que foi morto a facadas, relatou em um boletim de ocorrência, que era constantemente chamado de “veado desgraçado” por um tio materno de 33 anos. De acordo com o boletim, que foi registrado em março de 2015, o jovem relatou que sofria diversas ameaças violentas do homem, inclusive de agressões física. No relato, ele contou que o tio o ameaçou atacar com faca por ser homossexual. Ele se dizia privado de sair de casa, por toda vez que encontrava o tio ser ameaçado.

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