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Bloco é autorizado a desfilar no Rio de Janeiro e causa polêmica

A importação do trio elétrico baiano tem provocado revolta em blocos tradicionais da cidade

Redação iBahia • 17/01/2017 às 15:33 • Atualizada em 31/08/2022 às 19:45 - há XX semanas

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A inclusão de um bloco de Salvador no carnaval de rua do Rio de Janeiro tem provocado um bafafá daqueles. Depois de receber “não” da prefeitura em pelo menos duas tentativas, na gestão de Eduardo Paes, o Bloco Eva foi autorizado a desfilar na cidade este ano, como divulgou o colunista Ancelmo Gois. Só que a importação do trio elétrico baiano tem provocado revolta em blocos tradicionais do Rio. E moradores do Jardim Oceânico — nas redes sociais, os organizadores do bloco vêm divulgando que ele sairá na Praia do Pepê, na Barra, no dia 4 de março — dizem estar apreensivos.
A própria Riotur parece não se entender em relação ao Bloco Eva. É que na listagem de blocos publicada na última sexta-feira, no Diário Oficial, ele tem como bairro o Recreio. A assessoria de imprensa da Riotur informou que nem o local do desfile nem a data estão confirmados. Haverá uma reunião esta semana, afirma, para discutir essas questões.
Outro motivo de confusão envolvendo o bloco é o fato de o produtor Marcelo Vital (que organiza outros desfiles, como o do Chora Me Liga, de música sertaneja) ter divulgado no Facebook, dois dias antes da publicação da lista no DO, que o Bloco Eva era presença certa no carnaval. “Bom dia! Acabou o mistério”, postou ele no Facebook junto com o evento, que nesta segunda-feira à noite tinha mais de duas mil pessoas confirmadas e mais de quatro mil com interesse.
"Não acho que só tem que tocar marchinha na rua. Mas, por que a gente precisa trazer bloco da Bahia se a cidade já tem mais de 500 blocos criados aqui de forma espontânea, entre amigos, para fazer um carnaval de brincadeira e não carnaval de negócios como é neste caso?", questiona Rita Fernandes, presidente da Sebastiana, associação que representa onze blocos, entre eles o Simpatia É Quase Amor e o Suvaco do Cristo.
Rodrigo Rezende, da liga Zé Pereira, à frente de oito blocos, como Céu na Terra e Orquestra Voadora, segue o tom: "É um completo absurdo o carnaval de rua do Rio, uma manifestação típica do carioca, começar a se associar a nomes de um carnaval completamente diferente do nosso".
Marcelo Vital diz que divulgou o desfile com base numa autorização preliminar da Riotur e chama de “censura” as críticas: "No maior movimento cultural do país estão querendo censurar a música e ditar regras? A Banda Eva não toca só axé, toca música brasileira", diz ele. "A Preta Gil (que tem um bloco no Rio) é carioca?".
O presidente da Riotur, Marcelo Alves, justificou a autorização dizendo que a intenção é democratizar o carnaval.

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