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Conselho de Medicina investiga vazamento de dados de Dona Marisa

De acordo com o Código de Ética Médica, profissionais de saúde não podem permitir o acesso de terceiros a prontuários de pacientes

Redação iBahia • 03/02/2017 às 12:15 • Atualizada em 31/08/2022 às 22:27 - há XX semanas

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O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) instaurou uma nova sindicância para apurar a divulgação de dados sigilosos do diagnóstico da ex-primeira-dama dona Marisa Letícia, horas depois de sua internação.
Conforme mostrou nesta quinta-feira o site do GLOBO, a médica reumatologista Gabriela Munhoz, de 31 anos, estava no pronto-socorro do Sírio-Libanês no momento do atendimento à ex-primeira dama e confirmou em um grupo de whatsapp de antigos colegas de faculdade detalhes do Acidente Vascular Cerebral (AVC) sofrido pela paciente.
De acordo com o Código de Ética Médica, profissionais de saúde não podem permitir o acesso de terceiros a prontuários de pacientes. A médica foi demitida do pronto-socorro do hospital.
"O exercício da medicina deve respeitar e preservar todos os aspectos do doente: físico, emocional e moral, transcendendo tabus, crenças e preconceitos, em nome da fidelidade ao compromisso de tratar e cuidar de todos, sem qualquer distinção", escreveu a direção do Cremesp em nota pública divulgada à imprensa.
No dia da internação de Marisa, um médico que atua fora do Sírio Libanês foi o primeiro a enviar informações sobre o diagnóstico de dona Marisa no grupo “MED IX”, que reúne alunos formados em medicina em 2009 na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul.
Pedro Paulo de Souza Filho postou imagens de uma tomografia atribuída a dona Marisa Letícia, acompanhada de detalhes que foram confirmados, em seguida, por Gabriela. Os dados foram compartilhados por Pedro Paulo a partir de um outro grupo de médicos, intitulado “PS Engenho 3”, e atribuídos ao cardiologista Ademar Poltronieri Filho.
Na nota oficial, a direção do Cremesp lembrou que "sob o juramento hipocrático e os princípios fundamentais da Medicina, todo médico deverá 'guardar absoluto respeito pelo ser humano e atuar sempre em seu benefício'".
Citando os mesmos princípios, o conselho registrou que o médico "jamais utilizará seus conhecimentos para causar sofrimento físico ou moral, para o extermínio do ser humano ou para permitir e acobertar tentativa contra sua dignidade e integridade”'.
Na quinta-feira, o Cremesp há havia iniciado uma sindicância para apurar a divulgação de imagens de um exame de tomografia de Marisa Letícia, a mesma que chegou ao grupo "MED IX", do qual Gabriela participava. As informações sobre o diagnóstico de Marisa Letícia se espalharam em diversos grupos de Whatsapp.
A médica do Sírio-Libanês não é o único caso de demissão por comportamento inadequado durante internação hospitalar de uma personalidade. Na Copa do Mundo de 2014, quando o atacante Neymar fraturou uma vértebra, uma enfermeira do hospital São Carlos, em Fortaleza, onde o jogador foi atendido, também foi demitida. Nesse caso, a demissão foi causada por uma gravação feita com celular de Neymar no hospital, chegando em uma maca.

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