“P/ O Homem da Rua K” - Esse é o título do novo livro da poeta baiana, Jovina Souza, que vai ser lançado, dia 12 de maio, no Centro Cultural Casa de Angola na Bahia, na Barroquinha, Centro Histórico de Salvador (Rua Voluntários da Pátria, em frente ao quartel do Corpo de Bombeiros).
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Ah! Um detalhe interessante: a ortografia do título da obra é essa mesmo: “P/ O Homem da Rua K”. O livro tem 78 páginas e 45 poemas, onde Jovina revela seus grandes amores e mistérios de um passado retratado nas suas sinônimas emoções, conforme escreveu o jornalista e escritor, Roberto Leal, na orelha da obra.
Depois dos autógrafos, Jovina vai comandar o Sarau do Agdá, intitulado “Amor Preto. Verdadeira libertação”. A poeta convidou um grupo de mulheres e homens engajadas e engajados na luta e no amor. O recado será dado pelas poetas Dejanira Rainha, Gloria Terra, Lucas de Matos, Roberto Leal, Raimundo Moreira e Tiago Gato Preto.
Tem mais uma atração: o cantor Mil Vini’s com seu reggae cachoeirano. O livro “P/ O Homem da Rua K “ é um lançamento da Dikebrada, editora criada para publicar trabalhos de autores e autoras negros e negras da periferia.
O SAMBA REGGAE FOI TOCAR NO AFRO MUNDO
Dessa vez quem levou o samba reggae pros Estados Unidos foi uma mulher. Estou falando da jornalista Viviam Caroline, que também é percussionista e diretora da Banda Yayá Muxima - formada só por mulheres. A artista está nos Estados Unidos cumprindo uma agenda cultural, que consta de workshops de percussão, palestras e debates sobre a questão racial e a arte, ferramenta importante para sonharmos com dias melhores.
A baiana está desde o mês passado em território americano cumprindo agenda em centros culturais, nas Universidades de Nova Iorque, Washington, Filadélfia, Califórnia , Worcester. Viviam vai passar três meses na América, divulgando o nosso samba reggae, apresentando inclusive um trabalho acadêmico que defendeu na Universidade Jorge Amado, em Salvador, cujo tema é: "Quilombo dos Tambores: Neguinho do Samba e a criação negra baiana".
Viviam foi aos Estados Unidos à convite da produção do Afro Mundo, que reuniu artistas e produtores culturais de El Salvador, República Dominicana, Honduras, Peru, Haiti e Brasil.
O evento reuniu artistas e produtores culturais com trajetórias importantes, cujo trabalho é sempre vinculado a um compromisso social, sobretudo de enfrentamento ao racismo e preservação da memória. Para a musicista, participar do Afro Mundo foi enriquecedor.
"Foi um festival de interação. Estou fazendo muitos contatos, construindo pontes, quero voltar com a nossa Banda Yaya Muxima”, disse.
DÁ -LHE SEU VAVÁ
Quem foi ao Candeal de Baixo e não conheceu Seu Valdemiro Guilherme de Santana, mais conhecido como Seu Vavá, não imagina o que perdeu. Seu Vavá era a cara do Candeal. Iinteligente, irônico, língua afiada, figura respeitada no Bairro. Nasceu em Nazaré das Farinhas, reconcavo baiano. Charmoso, bom vivant, conhecedor de música ,era saxofonista e foi integrante da Orquestra Sinfônica da Bahia. Seu Vavá nos deixou havia três anos. Tinha 93 anos bem vividos, mas queria chegar aos cem.
Elegante, bom contador de histórias tinha orgulho em dizer que foi pára-quedista do Exército Brasileiro. Gostava de uma prosa, não tinha censura, dizia poucas e boas a quem bem entendia. Figura carismática, dava gosto conversar com ele. Por tudo isso e muito mais, Seu Vavá vai ganhar uma sala especial no Museu da Timbalada, que Carlinhos Brown está organizando.
O Museu faz parte das comemorações dos 30 anos da Timbalada e seu Vavá era timbaleiro. Vou contar a vocês: não tem um dia que eu vá ao Candeal, que não olhe demoradamente para a casa onde Seu Vavá morava com a esposa, dona Simone. Dei boas risadas com ele e ele comigo.
Lembrei agora do advogado, político, ex vice Governador da Paraíba - que não está mais entre nós - o cearense Raimundo Asfora. O conheci em Campina Grande, Paraíba, repentista por excelência. Um dia alguém lhe deu o mote: morte. E ele foi construindo o repente. Começou assim: “ a morte está enganada, eu vou viver depois dela”. Acho que Seu Vavá, pensava assim. Eu acredito! A morte está enganada, eu vou viver depois dela!!
VAI TER SAMBA JUNINO NO TORORÓ?
É tudo que os grupos de samba junino querem. O secretário de Cultura e Turismo do Município, Pedro Tourinho, acenou, com a possibilidade, de uma uma homenagem a eles pelos 50 anos, animando o São João da cidade. Conversei com alguns dirigentes da Liga do Samba Junino e todos estão entusiasmados com a possibilidade de brincar o São João, no Dique do Tororó. Tem tudo a ver. Sexta - feira é o dia D. Foi marcada uma reunião com Pedro Tourinho, grupos e quem sabe a bancada do Samba Junino da Câmara Municipal, os vereadores Sabá dos Metais, Marcelo Maia , Leandro Guerrilha e Daniel Alves. Eu, aqui torcendo pra ver o samba rolar no Tororó. Vamos valorizar essas manifestações culturais, que vem do povo. Samba Junino é coisa da Bahia, não existe em lugar nenhum. Até a próxima quinta - feira. Procurem os postos de vacinação. Vacina é vida!
