O campeonato é de pontos corridos, mas o Bahia vai disputá-lo a partir de agora em clima de mata-mata. Hoje, a decisão é contra o Paraná, às 18h30, na Fonte Nova. Com 28 pontos, o tricolor está fora do G4, em oitavo lugar, e tenta voltar a ser protagonista na luta pelo acesso à Série A.
O primeiro passo foi dado sábado passado, na abertura do returno, quando o Bahia venceu o Avaí por 3x0, fora de casa. O objetivo é manter a pegada. “Precisamos jogar cada jogo como uma final, temos uma corrida de recuperação a ser feita. Conseguimos fazer um bom jogo em Florianópolis, vencer bem, com consistência, mas já passou. Outra rodada começou, a pontuação já andou e precisamos seguir vencendo para conquistar nossos objetivos”, afirma o técnico Guto Ferreira.
Ataque vira alvo de preocupação para Guto e sofre crítica de Hernane (Foto: EC Bahia/Divulgação)
“A equipe mostrou um caminho a ser seguido, mas não adianta nada mostrar e não seguir dentro do caminho, firme e forte. Mais do que nunca, precisamos jogar uma grande partida”, completou Guto, que assumiu o comando do time na 13ª rodada e ainda não conseguiu vencer duas partidas seguidas na Série B. Com ele, são três vitórias, três derrotas e dois empates.
Na opinião do treinador tricolor, o caminho para o Bahia ter uma sequência vitoriosa é manter a parceria em campo mostrada na rodada anterior. Essa característica o comandante quer ver dentro das quatro linhas outra vez. “A equipe foi parceira na hora de marcar, todos conscientes das suas funções, conscientes de que A tinha que ajudar B, parceria na hora de articular, de servir, ninguém querendo individualizar ao extremo”.
Elogio pra cá, elogio pra lá. “O Paraná é uma equipe rápida, competitiva, que marca forte e tem uma saída muito rápida”, elogia o técnico tricolor. “O Bahia tem que fazer uma partida muita intensa, muito forte na hora de marcar, mas intensa e rápida também na hora de jogar. O Bahia é uma equipe qualificada, que vem ganhando forma, só que, para poder vencer e ultrapassar equipes como essa, tem que jogar o seu melhor”.
Torcida
Na última entrevista antes do jogo com o Paraná, o comantante do Esquadrão só foi mais comedido com as palavras no quesito torcida. Quer a presença dela, mas ainda não se sente à vontade para convocá-la, mesmo com a promoção lançada pelo clube, com ingresso a partir de R$ 10. “Nós estamos em dívida e eu não tenho direito de pedir nada para o torcedor neste momento. O torcedor é extremamente inteligente e sabe quando vale a pena e quando não vale a pena apoiar”, disse o técnico.
O convite de Guto ao torcedor foi dado através de exemplo. Ele deseja que aconteça com o Bahia, hoje, o mesmo que passou com a Seleção Brasileira na Fonte Nova durante os Jogos Olímpicos do Rio-2016. Foi no estádio que o time verde e amarelo conquistou sua primeira vitória rumo à conquista do inédito ouro.
“Ele começou a ser conquistado de uma forma mais direta graças ao apoio do povo baiano, que soube fazer a diferença em relação ao povo de Brasília. A seleção chegou aqui, foi carregada no colo e o resultado veio. O torcedor do Bahia é extremamente passional, emocional, carrega o time no colo sempre e é inteligente. Estamos em dívida e vamos fazer de tudo pra gente ali na frente usufruir do seu carinho. Se ele quiser nos dar esse carinho, quem não quer receber carinho?”, indagou. Se o time ajudar, quem sabe?
