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LITERATURA

Diversidade na literatura brasileira é tema de mesa na Flica 2014

Os autores Carlos Henrique Schroeder e Kátia Borges discutiram também as possibilidades do mercado editorial brasileiro

• 30/10/2014 às 19:05 • Atualizada em 01/09/2022 às 20:32 - há XX semanas

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Os textos brasileiros têm se tornado cada vez mais iguais. Essa é uma das conclusões dos autores presentes na mesa 'Bibliodiversos', na Flica 2014. O escritor catarinense Carlos Henrique Schroeder, ao lado da autora baiana Kátia Borges debateram os caminhos da diversidade bibliográfica e deram suas visões sobre o mercado editorial no Brasil.Para Schroeder, o problema começa no fato de que, no Brasil, os autores parecem querer "matar" as gerações anteriores a eles, como se escrever algo novo fosse extremamente necessário para serem reconhecidos. Além disso, o "personagem brasileiro" estaria desaparecendo das narrativas, em detrimento de personagens gerais, sem características regionais. "Cadê o índio, num país que tem um histórico, como o nosso", questiona.
O debate teve mediação da também escritora, jornalista e apresentadora baiana Márcia Moreira (Foto: Daniel Silveira/iBahia)
Na questão do mercado, os dois participantes concordam em um fato: a crise para autores nacionais. Eles acreditam que as pequenas editoras tem um papel crucial para mudar essa história, já que assumem o risco de publicar livros de autores desconhecidos e ajudam, assim, a variar as ofertas no mercado. No entanto, depois de publicar, os autores encontram outro grande problema, a distribuição de suas obras. "As pequenas editoras apresentam muita dificuldade em circular [suas publicações]", opina Kátia. Uma saída para esse problema seria se lançar no mercado digital. "As editoras pequenas podem fazer isso mais facilmente. Apostar no digital é uma saída para a distribuição dos livros", conclui Schroeder. Para eles, o preço que se cobra por livros digitais é uma maneira de concorrer com as grandes editoras, no mesmo nível.Mas no atual estado do mercado, o que fazer se você ama escrever e quer fazer isso para o resto de sua vida? Schroeder e Kátia deram também dicas para quem quer escrever. "Acho que a saída é experimentar. Procure não seguir seus preconceitos, siga sua punção criativa, seja honesto com você mesmo", aconselha Schroeder. Kátia complementa a ideia dizendo que se entristece quando lê críticos acharem que tudo já foi feito. E conclui dizendo: "escreva, mostre a alguém, peça opinião, publique na internet e, quem sabe um dia, estaremos lendo você".*Com orientação e supervisão de Márcia Luz

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