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"Quando me disseram que eu teria que morrer para entrar no paraíso, que eu teria que explodir uma bomba e morrer, eu disse que eu não poderia fazer isso", disse em entrevista à Associated Press. Babangida conta que teve de deixar os homens colocarem um colete com explosivos, com medo de "ser enterrada viva".
Ela e duas outras meninas foram ao mercado têxtil em Kano no último dia 10. As demais garotas explodiram a bomba, que matou quatro pessoas e feriu outras sete, incluindo Babangida. Após o atentado, ela foi levada a um hospital por um motorista de táxi e deixou o colete no carro, o que fez com que o motorista alertasse a polícia. Babangida foi presa no hospital e está sob custódia.
Seu pai ainda não foi localizado e a menina diz que ele é integrante do Boko Haram. A garota disse nesta quarta-feira (24) que já havia visto muitas pessoas serem enterradas vivas em um acampamento do grupo radical, onde o pai a levou, e que por isso deixou ser equipada com as bombas.
Ataques
A Nigéria já sofreu uma série de atentados suicidas nos últimos meses, realizados por crianças e adolescentes do sexo feminino, levantando a dúvida de que estas seriam as garotas sequestradas em abril, em uma escola em Chibok, onde o Boko Haram levou 276 alunas. O Boko Haram quer criar um Estado Islâmico na Nigéria, país dividido entre os muçulmanos do norte e cristãos do sul.
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