O Eco Folia Solidária surgiu com o objetivo de melhorar, organizar e valorizar o trabalho dos catadores de material reciclável
Foto: André Frutuôso
O Carnaval de Salvador é considerado a maior festa popular de rua do mundo, por reunir cerca de dois milhões de pessoas. Enquanto a diversão ocorre nos circuitos da festa, catadores e catadoras do projeto Eco Folia Solidária realizam um trabalho árduo e intenso pelos ruas, para coletar os resíduos que são descartados de maneira inadequada pelos foliões. Entre quinta-feira, 4 de fevereiro, e quarta-feira (10), cerca de 73 toneladas de material reciclável, como alumínio, PET e plástico foram recolhidos.
Neste Carnaval o Eco Folia Solidária completou 13 anos de trabalho e atendeu a mil catadores avulsos (trabalhadores que não fazem parte de nenhuma cooperativa ou associação) por meio de seis Centrais de Apoio ao Catador espalhadas no circuito da festa: Politeama, 2 de Julho, Pelourinho, Barra, Nordeste de Amaralina e Ladeira da Montanha.
Ao todo, 180 catadores integrantes dos empreendimentos econômicos solidários que fazem parte do Complexo Cooperativo de Reciclagem da Bahia (CCRB) atuaram no Carnaval deste ano e realizaram as seguintes tarefas: cadastro do catador avulso, entrega dos kits de proteção individual (protetor auricular, luva e bota), fardamento, recebimento do material coletado, execução da triagem e apoio logístico na distribuição das três refeições diárias.
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O Eco Folia Solidária surgiu com o objetivo de melhorar, organizar e valorizar o trabalho dos catadores de material reciclável, combater o trabalho infantil durante o período de festa, minimizar os impactos ambientais causados pelo descarte inadequado dos resíduos sólidos gerados durante a folia, além de ajudar a eliminar a ação dos atravessadores durante o Carnaval.
"Nosso maior desafio é que este trabalho não seja uma ação pontual. Precisamos fomentar a economia solidária, por meio do trabalho em rede, como acontece no Eco Folia: A Rede de Costura produz o fardamento, a Rede de Alimentação, fica com a parte das refeições, os próprios cooperados administram as Centrais de Apoio ao Catador, ou seja, no trabalho coletivo o ganho é de todos", afirma a presidente do CCRB, Michele Almeida.
O Projeto Eco Folia Solidária conta com patrocínio governamental, nos âmbitos estadual e federal.
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