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MÚSICA

Estilo nº 1 dos soteropolitanos, MPB é comentada por artistas

Pesquisa do Futura/Correio*, divulgada nessa semana, revelou que 32,8% dos soteropolitanos escolhem o estilo musical

• 30/08/2012 às 8:00 • Atualizada em 30/08/2022 às 4:01 - há XX semanas

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Nova MPB: Manuela Rodrigues, Sandra Simões e Cláudia Cunha cantando no projeto 3 na Folia
Entre as novidades da pesquisa do instituto Futura sobre o estilo musical preferido dos soteropolitanos, divulgada nesta segunda-feira (27) pelo jornal Correio*, em relação à mesma pesquisa do ano passado, está a chegada meteórica do arrocha direto para a segunda posição no ranking (em 2011 o ritmo musical sequer pontuou) e o crescimento considerável da música clássica, que abocanhou a terceira posição da lista. Veja também: Soteropolitanos preferem São João a Carnaval, diz pesquisa Arrocha bate axé e pagode na preferência popular, mas MPB ainda é o preferido em Salvador Veja o resultado da pesquisa Futura/Correio de 2011 Mas a grande vencedora, pelo segundo ano consecutivo, é a MPB - estilo musical preferido pelos soteropolitanos entrevistados. E para falar sobre essa preferência, o iBahia bateu um papo por telefone com a cantora baiana Manuela Rodrigues, um dos destaques da MPB contemporânea, e o cantor e compositor Carlinhos Cor das Águas, que já passa dos 30 anos de carreira e é um dos participantes do Encontro de Compositores, projeto permanente criado há dois anos no Teatro Vila Velha.
"O que se chama de MPB é uma grande complexidade". Carlinhos Cor das Águas
CaldeirãoPara Manuela Rodrigues não há surpresa no resultado da pesquisa, visto que o estilo chamado de MPB é abrangente. "Não me surpreende que esteja em primeiro lugar, até porque esse estilo engloba uma série de subgêneros. Eu, por exemplo, não me considero MPB tradicional, faço um trabalho de MPB contemporânea que dialoga com outras linguagens", avalia. Carlinhos Cor das Águas concorda com Manuela de que a MPB é um caldeirão musical. "Teria que entender o que o entrevistado considera MPB. O que se chama de MPB é uma grande complexidade cultural e de artistas brasileiros (...). Desde artistas como o maestro Tom Jobim, com influência da música erudita; João Gilberto, com o samba e o cool jazz americano; a Tropicália dialoga com o rock dos Beatles e Rolling Stones; Luiz Gonzaga seria MPB; Cazuza muita gente acha que é rock; no Arrocha você vê elementos de bolero (...)", analisa Cor das Águas. Vale ressaltar que estilos musicais como samba e bossa nova entraram separadamente na pesquisa.
Carlinhos Cor das Águas: mais de três décadas de música brasileira
Teorias à parte, o músico entende o bom resultado da MPB na pesquisa espontânea pelo fato de ser um gênero mais "duradouro", que se pode ouvir o ano todo. "Se essa pesquisa fosse realizada durante o Carnaval, por exemplo, a axé music talvez fosse mais requisitada. Mas, há um certo desgaste das rádios mais populares. A chamada MPB é o que se pode conviver mais duradouramente (...)".
"O baiano tem uma abertura para ouvir. Falta mais espaço na mídia" Manuela Rodrigues
Nova geraçãoApesar de a MPB conquistar a preferência do grande público soteropolitano, para Manuela ainda falta espaço e apoio ao trabalho dos artistas da terra. "O baiano tem uma abertura para ouvir. Falta mais espaço na mídia, no mesmo valor e quantidade que outros estilos", pontua. "Há tantos artistas e bandas baianas ditas "alternativas" que, como eu, estão circulando pelo Brasil, como Cláudia Cunha, Sandra Simões, Dão, com sua black music, grupos como a Sertanília e a Pirigulino Babilake, que entram nessa MPB, e que aqui ainda não têm tanto espaço", ressalta. Jovens preferem o pagodeUm dado que chama atenção, ainda de acordo com a pesquisa do Futura, é que a menor parte do universo que gosta de MPB é composta pelo público jovem de 16 a 18 anos - segundo o relatório, os jovens soteropolitanos preferem o pagode, com 28,1% escolhendo o ritmo. Em todas as outras faixas etárias a MPB é a preferida: com 39,1 % entre a população de 30 a 39 anos; 36 %, entre 40 a 49 anos; 32,7 %, entre 50 a 59 anos; 32,4 %, entre 20 a 29 anos; 26,5 %, nos que têm de 60 anos para cima. Entre os jovens, de 16 a 19 anos, a MPB é o segundo ritmo preferido, com de 18,8 %. A MPB é preferida também, com larga vantagem para outros ritmos, entre os pesquisados do Ensino Médio, com 34,4 %, e mais ainda no Ensino Superior, com 46,6 %. Entre os entrevistados do Ensino Fundamental, porém, a diferença é menor, com MPB liderando com 19,5 %, seguido do Arrocha com 14,4 %. A MPB também é a escolhida em todas as seis regiões de Salvador, em que a pesquisa fatiou os bairros da capital.
Fonte: Pesquisa Correio*/Futura
Ao todo foram entrevistadas 399 pessoas, em Salvador, nas seguintes regiões: Centro Histórico; Itapagipe; Pirajá; Liberdade; Brotas; Barra; Rio Vermelho; Pituba; Boca do Rio; Itapuã; Cabula; Estrada das Barreiras; Pau da Lima; Cajazeiras; Valéria e Subúrbio Ferroviário.

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