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ENTRETENIMENTO

Museu de Arte Moderna expõe obras de Juarez Paraíso

As obras do pintor e crítico Juarez Paraíso serão divididas em três seções na capela do MAM

• 26/07/2014 às 9:55 • Atualizada em 27/08/2022 às 13:21 - há XX semanas

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Três mestres das artes da Bahia estarão reunidos na exposição Total, que integra a 3ª Bienal da Bahia, e abre para visitação na próxima quinta, dia 31, às 18h, no Casarão do Museu de Arte Moderna, no Solar do Unhão. Obras de Juarez Paraíso ocupam a capela enquanto as de Juraci Dórea estarão no primeiro piso do Casarão. Já as artes de Rogério Duarte podem ser vistas a partir do dia 7 de agosto, às 19h.
“O grupo de curadores da 3ª Bienal, em suas pesquisas, terminou identificando Juarez, Juraci e Rogério a partir de uma particularidade: o fato de não poderem ser resumidos em um campo, uma área, uma especialidade”, pontua Marcelo Rezende, 46 anos, diretor do MAM e curador chefe da Bienal.

A litogravura em homenagemao Kamasutra é assinada por Juarez Paraíso, que expõe a partir do dia 31 na Capela do Museu de Arte Moderna

“Mesmo ‘artista’ não era algo que os poderia resumir: Juraci é um artista, mas ainda um arqueologista, um arquivista, um poeta; Juarez é um astrônomo, um ficcionista, um restaurador, um professor e um artista. Rogério é músico, matemático, mestre do xadrez, tradutor, designer e um real cientista. Por isso estamos chamando esse núcleo de exposições ‘Totais’”, emenda.
Três sessões As obras do pintor e crítico Juarez Paraíso, 80, serão divididas em três seções na Capela do MAM. Na primeira, intitulada Cosmologia, o público verá gravuras, livros de consulta do artista e xilogravuras. Na segunda categoria, Utopia e Distopia, estão reunidos projetos públicos de Juarez, como a calçada da Praça da Sé. Na terceira e última seção, Ficção Científica/Erotismo Psicodélico, estarão expostas as famosas “cabeças” do criador, revistas de sua coleção e fotografias ligadas ao tema.
Já no primeiro piso do Casarão do MAM, o público confere a mostra do feirense Juraci Dórea. Nela, estarão reunidas obras importantes de sua produção, criadas a partir de 1970, além de elementos referentes ao Projeto Terra, expedição artística itinerante que chegou a sua 50ª edição dentro da programação da 3ª Bienal da Bahia, na qual foram refeitos trajetos realizados pelo artista pelo sertão do estado, de Feira de Santana a Canudos.“Ao reunir obras de vários períodos, a exposição criará, entre outras coisas, uma narrativa sobre o meu processo de trabalho e sobre o sertão da Bahia, que é o elemento norteador desse trabalho”, pontua Juraci Dórea, 70.

Obra de 1985 é um dos destaques da exposição de Juraci Dórea, no Casarão do MAM

Tropicália Por fim, a partir do dia 7 de agosto, no térreo do Casarão, o público vai conferir a arte de Rogério Duarte, 75, um dos mentores do Tropicalismo e conhecido por capas de discos para medalhões da MPB. “Pra mim, a Tropicália significou a tomada de consciência da espiritualidade. Naquele momento, vivíamos uma transformação política e social. Abdicamos da religiosidade que nos permeava desde a infância pra colocar o discurso marxista como panaceia. Só que, quando o Tropicalismo irrompeu, a situação do país tornava inviável o receituário marxista, que se mostrou um impasse”, diz. Na exposição, estarão reunidos pôsteres de filmes produzidos por Duarte como Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964) e A Idade da Terra (1980), do cineasta baiano Glauber Rocha (1939-1981).
Há ainda capas de álbuns de nomes como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa e João Gilberto, além de capas de livros, cartazes e logomarcas. Revistas como Movimento, Navilouca, Flor do Mal e algumas coleções - de moedas, pedras, ossadas-, além de apresentação de músicos interpretando composições do artista completam a exposição, que integra a segunda temporada da 3ª Bienal da Bahia. BienalJuraci Dórea, um dos realizadores do projeto curatorial do evento, exalta a importância da Bienal: “A experiência da Bienal é gratificante para o artista porque é a experiência do diálogo. A Bienal, em primeira instância, resgata momentos cruciais da história das artes visuais na Bahia, mas é, acima de tudo, uma oportunidade para a discussão dos mecanismos e fluxos que orientam a produção artística nos dias de hoje”.
O curador chefe da Bienal, Marcelo Rezende, endossa: “Olha, são muitas as tarefas (propor modos de intervenção cultural, criar uma janela de troca entre a produção baiana e todas as outras, etc). Talvez, o mais importante tenha sido recuperar os acontecimentos das Bienais de 66 e 68, dando voz à geração baiana que realizou, de maneira heroica, duas Bienais, documentando essa memória e possibilitando que ela possa ser conhecida e estudada, para que a Bahia possa integrar de modo direto a narrativa da história da arte brasileira, como um de seus mais dramáticos momentos”. Matéria original: Jornal Correio Museu de Arte Moderna expõe obras de Juarez Paraíso, Juraci Dórea e Rogério Duarte

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