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Cuíca de Santo Amaro infernizava a sociedade baiana

Morreu em 23 de janeiro de 1964, aos 57 anos, e em 2012 sua vida transformou-se em um premiado documentário

• 08/07/2014 às 14:32 • Atualizada em 01/09/2022 às 16:16 - há XX semanas

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Cuíca de Santo Amaro é considerado dos grandes comunicadores da Bahia
Grande agitador social na capital baiana, José Gomes, ou como era mais conhecido, o Cuíca de Santo Amaro, foi batizado por Jorge Amado como Trovador da Bahia. Poeta, repórter e "bagunceiro", carinhosamente falando, durante os anos de 40 e 60, o comunicador tinha acesso a fatos secretos e os transformavam em cordeis que eram gritados pelas ruas de Salvador. Mas o seu nome de guerra, Cuíca de Santo Amaro, de onde veio? Esse é um dos mistérios entorno do comunicador. A hipótese é que tenha surgido nas rodas boêmias da cidade de Santo Amaro da Purificação, entre uma cachaça e outra, nasceria o nome que se tornaria famoso, amado e odiado por tantos e que hoje batiza uma alameda elegante de um importante shopping de Salvador. Mas na época, ele era figurinha conhecida mesmo era no Elevador Lacerda, Mercado Modelo, Sete Portas e o público parava para apreciar sua narrativa-poética e polêmica. Os casos eram da capital e do interior que se transformavam em versos que relatavam quase tudo que ocorria nas mansões, botecos, nas ruas, becos e vielas. Odiado por uns e amado por outros tinha um faro aguçado e descobria fatos que até então eram guardados a sete chaves. Em seus livretos, vendidos a dois cruzeiros, o "repórter do povo", colocava a boca no mundo, divulgando escândalos políticos, sexuais e outros mais. O jornalista baiano Odorico Tavares explicava o perfil típico de Cuíca: "O seu forte era o comentário sobre fatos do dia, o cotidiano baiano que explorava com crueldade sem limites. Ai de quem caísse no seu desagrado". Ele foi, inclusive, comparado ao Boca de Inferno, - Gregório de Matos, com a única diferença de que ele não era um grande conhecedor da gramática normativa. Aparece nas obras de Jorge Amado, em especial no livro "Pastores da Noite" e "A morte de Quincas Berro d'Água" e também foi lembrado na peça "O Pagador de Promessas", de Dias Gomes. Morreu em 23 de janeiro de 1964, aos 57 anos, e em 2012 sua vida transformou-se em um premiado documentário.

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