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EC Vitória: Viana se diz contra realização de assembleia

Durante o pronunciamento, Raimundo Viana tratou a assembleia como ilegítima e disse que vai tentar suspendê-la

• 12/12/2015 às 20:37 • Atualizada em 31/08/2022 às 7:20 - há XX semanas

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O Vitória quebrou o silêncio sobre um assunto que já movimentava os bastidores do clube: a mudança de estatuto para que o rubro-negro passe a ter eleições diretas.Ontem, o presidente Raimundo Viana fez um pronunciamento no qual se disse contra a realização da Assembleia Geral convocada pelo Conselho Deliberativo, dia 20, na Fonte Nova. De acordo com o gestor, o agendamento do evento “atropela o estatuto”. “Lamento como essas pessoas conduzem essa matéria de forma irregular, atropelando seu estatuto, ao ignorar procedimentos, quorum de reuniões e deliberações e afrontarem o colegiado legitimamente eleito”, criticou Viana. “Tudo isso a partir de alterações na comissão de reforma, arbitrariamente e de forma unilateral, inclusive com a exclusão e inclusão de nomes, chegando ao cúmulo de colocar pessoas completamente alheias ao clube, mostrando com isso o descontrole e o claro objetivos políticos na reforma”, continuou ele, insatisfeito com o presidente do Conselho Deliberativo José Rocha e com o vice, Silvoney Sales.

Presidente Raimundo Viana quer barrar a realização da Assembleia
(Foto: Arquivo CORREIO)

Durante o pronunciamento, Raimundo Viana tratou a assembleia como ilegítima e disse que vai tentar suspendê-la. “Essa reunião está marcada extraoficialmente. Eu não posso, como advogado, excluir possibilidade de ir ao Judiciário, que é nosso último recurso. É inaceitável que se transforme a reforma estatutária em instrumento de promoção pessoal ou em projeto de poder, enganando associados e torcedores” avaliou. O advogado Antônio Carlos Rodrigues, conhecido como Cacau, que foi um dos integrantes da comissão criada em dezembro de 2014 com membros da situação e da oposição para reformular o estatuto, rebate as acusações de Raimundo Viana. “A assembleia é absolutamente regular. O presidente do Conselho Deliberativo pode, a qualquer tempo, convocar a Assembleia Geral extraordinária”. O problema Situação e oposição se dizem a favor da mudança do estatuto e da realização de eleições diretas. O que é questionável, de acordo com a diretoria rubro-negra, é que a Assembleia Geral será realizada sem debater exaustivamente as propostas de mudança no Conselho Deliberativo. Presidente do conselho, o deputado José Rocha rebate. “A assembleia não é extraoficial, é extraordinária. A convocação foi feita por edital em um jornal e solicitamos ao presidente Raimundo Viana que cumprisse o estatuto e publicasse no site oficial e afixasse nas dependências do clube, o que não foi feito. Eles não querem eleições diretas e não admitem isso”, criticou. Racha político A briga em torno do estatuto se insere no contexto de racha político dentro do Vitória. A divisão ganhou força após a rusga entre os dois caciques do clube, os ex-presidentes Alexi Portela Júnior e José Rocha. Os dois, que tinham boa sintonia, romperam após o declínio do Vitória sob o comando de Carlos Falcão, que renunciou ao cargo de presidente em março.

José Rocha, presidente do Conselho, quer votar o estatuto no dia 20
(Foto: Diogenes Santos/Divulgação)

Do lado da situação, que tem o apoio da maioria do Conselho, estão o presidente Raimundo Viana e sua diretoria, além de Alexi e Falcão. Já na oposição figuram José Rocha, os ex-presidentes Ademar Lemos e Jorge Sampaio, além de Fábio Mota, Albérico Mascarenhas e grupos pioneiros na campanha pelas eleições diretas no clube, como o Vitória Livre e o Frente 1899. Hoje, declaradamente situação e oposição, Alexi e José Rocha não dividem a mesma opinião quando o assunto é o futuro político rubro-negro. De um lado, Alexi Portela se une a Viana e critica a oposição. “Eu acho um absurdo fazer uma assembleia tendo discutido apenas dois pontos da mudança do estatuto. Além disso, querem criar sete cargos de superintendência. Nunca vou ser a favor disso”. Do outro, Rocha se defende. “Não é criação de cargo, até porque eles já existem. A proposta é personalizá-los, para que os presidentes não saiam contratando aspones. Queremos sistematizar o que já existe e profissionalizar, só isso”. Ainda segundo a oposição, o Vitória está equivocado ao dizer que apenas dois pontos do estatuto foram discutidos. Cacau explica o imbróglio. “Eles disseram que aceitariam entrar em consenso caso José Rocha colocasse os tais dois pontos no Conselho para votar, até porque eles têm a maioria do Conselho e venceriam. Rocha aceitou, levou à votação, obviamente eles venceram, mas não cumpriram a parte deles”. O estatuto Os dois pontos em questão são o aumento de três para cinco anos para o sócio poder se candidatar à presidência, além da mudança da fórmula de proporção do Conselho. Em vez da correspondência direta entre votos na eleição e lugares no conselho, a fórmula seria mista, com 200 conselheiros fixos de quem vencer a eleição e 80 divididos de acordo com o percentual das urnas. “Cedemos. Esse acerto foi feito na sala do vice-presidente Manoel Matos, com a presença dele, do diretor jurídico Nilton Almeida, de José Rocha e eu. Eles propuseram pacificar os entendimentos e levar para a assembleia uma proposta que não fosse questionada”, explica Cacau. Ainda segundo ele, outros pontos já haviam sido debatidos na reunião anterior do Conselho Deliberativo, uma semana antes. Outro quesito que gera divergência é a participação dos sócios. Atualmente, se o sócio tiver um único dia de inadimplência, o tempo de associação é zerado. Por exemplo: se o torcedor for associado há quatro anos e atrasar o pagamento de uma mensalidade em um único dia, ele passa a ser considerado sócio há apenas um dia, e não mais há quatro anos, o que atrasaria a formação do período de cinco anos para se candidatar, além do tempo de um ano e meio para ter direito a voto. A situação defende a manutenção dessa fórmula. O novo estatuto que está para ser levado à assembleia sugere a perda da condição de sócio após 90 dias de inadimplência. Por fim, a oposição também pede que a situação colabore na mudança do estatuto pelo bem do clube. “O Vitória precisa mudar porque o estatuto precisa estar adequado ao Profut, que exige, por exemplo, só uma reeleição, Conselho fiscal autônomo e independente...”, explica José Rocha, ao falar do programa de parcelamento de dívida dos clubes brasileiros, desenvolvido pela Receita Federal.
Correio24horas

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