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LITERATURA

Cotas raciais e maioridade penal são discutidos em mesa da Flica

O escritor Paulo Lins e os poetas Juraci Tavares e Nelson Maca se encontraram para uma conversa sobre a valorização do povo negro

• 03/11/2014 às 7:30 • Atualizada em 01/09/2022 às 20:25 - há XX semanas

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A despedida da Flica começou com uma intervenção poética dos membros da mesa “Demarcando espaço e territórios”, com a presença do escritor Paulo Lins, autor do livro Cidade de Deus, além dos poetas Juraci Tavares e Nelson Maca. A mesa trouxe o enfrentamento da população negra para se afirmar na sociedade. O encerramento da Flica 2014 confirmou o movimento do evento no sentido de dar maior visibilidade ao povo negro, o que incluiu a homenagem à Ialorixá Stela de Oxóssi, mãe de santo e escritora, que traz em seus textos marcas dessa emancipação.
A mesa “Demarcando espaço e territórios” trouxe os autores Juraci Tavares, Nelson Maca e Paulo Lins que fizeram um bate-papo a favor da emancipação do povo negro
Temas de debate públicos foram colocados durante a conversa entre os autores. A discussão sobre a redução da maioridade penal e as cotas nas universidades pública ganharam ares de literatura. Por conta dos rumos da mesa, Tavares chegou a renomear a mesa para Melanina Acentuada.Uma das discussões abordadas na mesa permeou a educação. Professor aposentado do Ifba, Tavares ressaltou que políticas voltadas à educação devem ter atenção dos governos. Sua ideia é de quando o Estado não se apresenta, outra coisa assume seu lugar. “É necessário promover uma educação libertária”, completou.
A mesa foi prestigiada por Mãe Stella, que recebeu aplausos dos membros da mesa e da plateia (Foto: Egi Santana;Divulgação)
Os participantes da mesa deram também suas opiniões sobre as cotas nas universidade públicas. Paulo Lins foi taxativo em sua fala sobre o tema: “deram certo, acabou. Não precisa mais discutir isso”, disse ele. Tavares completou o pensamento falando que acredita que as cotas são a democratização do ingresso na universidade. “Não acho justo que o Estado financie as universidades públicas apenas para um pequeno grupo privilegiado, já que todos pagamos impostos”, finalizou.Maioridade penal A unanimidade reinou na mesa de despedida da Flica quando o assunto foi redução da maioridade penal. “O ser humano não nasce médico ou delinquente, ele é tornado”, declarou Tavares. Para eles, caso a idade para responder a crimes seja diminuída, que mais sofreria seriam os jovens negros. “A juventude negra está o tempo todo acuada”, alertou Maca.Maca ainda recitou um poema seu, no qual demonstra claramente sua opinião sobre o tema. Confira o vídeo abaixo.[youtube Z5iSJpu43hs]Até 2015 As cortinas da segunda maior festa literária do país se fecharam logo depois de um pocket show do poeta Juraci Tavares. Ele apresentou algumas músicas de um show que deve realizar em breve em Salvador. No repertório, canções românticas e que valorizam a cultura afro.*Com supervisão e orientação de Márcia Luz

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