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SAÚDE

Ministério da Saúde nega casos de complicações da zika em criança

Áudio que circula pelas redes sociais diz que complicações similares à microcefalia estariam atingindo crianças até 7 anos

• 08/12/2015 às 8:59 • Atualizada em 01/09/2022 às 5:07 - há XX semanas

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Boatos têm se espalhado nas redes sociais por causa do surto de microcefalia na região Nordeste. Recentemente, tem circulado pelo WhatsApp um áudio de uma moça com sotaque pernambucano "alertando" uma amiga: "É uma informação de fonte segura, vice, o negócio da zika não está só afetando as gestantes não, ela afeta crianças de até sete anos. A criança fica com sequelas neurológicas graves e tem muitas crianças chegando no hospital já em coma", diz a moça. Em nota, o Ministério da Saúde diz que não há nenhum registro do tipo no Brasil. "O Ministério da Saúde informa que não há casos documentados sobre as sequelas provocadas pelo zika em crianças a partir do nascimento. No entanto, todas as possíveis consequências relacionadas ao vírus zika continuam sendo investigadas. Enquanto não forem encerradas as investigações, tudo será considerado e estudado. As informações serão atualizadas e divulgadas à medida que houver conclusões sólidas", diz a nota. Quem também atesta que o conteúdo da mensagem não procede é o neuropediatra Camilo Vieira - do Departamento de Neurologia da Sociedade Baiana de Pediatria, da Maternidade de Referência Prof. José Maria de Magalhães Netto eda clínica CITTA. Segundo Camilo, os sintomas da zika em crianças são os mesmo que em adultos, e não deixa sequelas. “A população tem que ter cuidado com as informações que recebe e que repassa, buscar órgãos competentes, como o Ministério da Saúde, ou a Secretaria Municipal da Saúde, para se certificar das informações que chegam”, adverte o médico. Vieira explica que, em geral, qualquer quadro viral pode se desenvolver para uma encefalite (infecção no cérebro). No entanto, isso não é algo frequente e ocorre em menos de 1% dos pacientes acometidos por algum vírus. O surto de microcefalia e a epidemia da doença zika que ocorreu entre abril e julho na Bahia e em outros estados estão associados ao zika vírus. “No geral, são sintomas leves, são sintomas autolimitados e na maioria dos casos os mesmos que em adultos, são mancha na pele, febre, dores nas articulações. Porém, muitas das vezes o paciente é infectado é não tem sintomas visíveis”. A encefalite é um quadro mais severo do que se conhece por meningite (enquanto a primeira atinge o tecido cerebral, a meningite acomete apenas a meninge, as membranas que cobre o tecido cerebral). “As crianças com encefalite podem apresentar alguma perda no nível de consciência, ficarem mais sonolentas ou mais agitadas, crises convulsivas e em casos mais graves ficar em coma, mas são mesmo casos raros”, detalha Vieira. “É um evento muito raro (encefalite associado a vírus), existe no momento apenas um caso em Pernambuco que está sendo apurado de encefalite provocado por zika, mas não há uma incidência de casos, um crescimento que aponte uma preocupação”, afirma o especialista. Mesmo nos eventos dentro do 1%, o médico explica que as encefalites virais são autolimitadas (tem um período determinado) e não deixam sequelas (exceto em casos relacionados com o vírus da herpes.A Secretaria de Saúde de Pernambuco, estado que concentra maior casos de microcefalia e que teve epidemia de zika anterior ao da Bahia, negou o aumento de casos graves em crianças que sejam relacionados ao zika vírus.
Correio24horas

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