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SALVADOR

“A profissão não é só isso, esse é o meu olhar sobre ela”

A carreira de Caco Barcellos dura mais de 20 anos, e boa parte deles foram dedicados ao jornalismo de investigação

• 26/08/2010 às 15:39 • Atualizada em 29/08/2022 às 15:00 - há XX semanas

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Não fosse pelo atraso de alguns minutos, estava tudo como muitos estudantes e admiradores do jornalismo esperavam. A noite de quarta-feira, 25 de agosto, tinha como momento principal a palestra do jornalista Caco Barcellos. Com o tema Jornalismo Investigativo e Comunicação em Geral, a fala do experiente profissional tinha ouvidos atentos no auditório do Fiesta Convention Center, no Hotel Fiesta, Itaigara, na capital baiana. A carreira de Caco Barcellos dura mais de 20 anos, e boa parte deles foram dedicados ao jornalismo de investigação, à produção de documentários e aos livros que escreveu. Entre eles está Rota 66, um dos mais conhecidos e que ocupou o status de best-seller da Editora Globo, por algum tempo depois do lançamento. Enquanto brincava com as falhas do microfone, o jornalista, gaúcho de Porto Alegre, iniciou a palestra falando sobre sua origem, a família humilde e o aprendizado que recebeu do pai. “Sei um pouco de pintura, algumas técnicas de marcenaria e primeiros socorros”, brincou ao revelar que mesmo essas habilidades já o ajudaram no trabalho jornalístico. Atualmente à frente do programa Profissão Repórter, da Rede Globo, Caco Barcellos ganhou notoriedade pelas reportagens e outras produções ligadas a temas como guerras, violência urbana e corrupção. Em diferentes momentos da sua apresentação, o jornalista chamou a atenção para casos de corrupção e desmando que não são divulgados pela mídia e, para exemplificar, citou o fato de apenas em 2007, durante os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, 1.350 jovens terem sido executados pela polícia carioca. Ao falar sobre a situação atual do exercício do jornalismo, Caco afirmou que a profissão é para aqueles que estão preocupados em melhorar o ambiente ao seu redor. Acrescentou, ainda, que o jornalismo investigativo não pode ser confundido com denúncia, pois mesmo em outros casos, onde a reportagem não traz qualquer denúncia, o fato precisa ser investigado detalhadamente. A plateia, formada em grande parte por estudantes de jornalismo, era completada também por espectadores de outras profissões. A administradora de empresas Tatiana Almeida, 36 anos, justificou sua presença. “Mesmo não estudando jornalismo, sempre acompanho as reportagens do Caco Barcellos e gosto do trabalho dele”. Já para o estudante de Publicidade e Propaganda, Felipe de Almeida, 21 anos, a palestra poderia durar mais tempo. “É muito bom poder ter uma palestra assim, dava pra ficar muito mais tempo aqui ouvindo essas coisas, são interessantes”, completou. O diálogo da noite foi encerrado com Barcellos respondendo às perguntas dos espectadores e, logo em seguida, pelo registro e tietagem dos futuros jornalistas e admiradores que fizeram fila para tirar fotos e pegar autógrafos do jornalista.

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