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'Titan'

Entenda o caso do submarino desaparecido em expedição ao Titanic

Cinco pessoas estavam no submersível que sumiu no Oceano Atlântico no último domingo (18)

Redação iBahia • 21/06/2023 às 13:52 • Atualizada em 21/06/2023 às 15:16 - há XX semanas

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					Entenda o caso do submarino desaparecido em expedição ao Titanic
Foto: Reprodução / Redes sociais

Um submarino com cinco pessoas está desaparecido no Oceano Atlântico, desde o último domingo (18). O submersível estava levando turistas para ver os destroços do Tatanic, navio que afundou em 1912.

Operado pela empresa OceanGate, conhecida por já fazer expedições até os destroços do navio, divulgou um comunicado afirmando que a embarcação que sumiu é dela. Desde então, as guardas costeiras dos Estados Unidos e do Canadá fazem operação de busca e resgate.

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Entenda abaixo todos os detalhes sobre o caso, desde o desaparecimento até a mais recente atualização:

O dia do desaparecimento

De acordo com a imprensa internacional, o submarino desapareceu no domingo (18). Ao todo, cinco pessoas estavam à bordo da embarcação que levava turistas para ver os destroços do Titanic, há 3.800 metros abaixo da superfície, no fundo do Oceano Atlântico. O local fica a cerca de 600 km da costa de Newfoundland, no Canadá.

A Guarda Costeira dos Estados Unidos informou que o submarino perdeu contato com a superfície após 1h45 depois do início da descida ao fundo do mar, de um total de 2,5. Momentos antes de desaparecer, o transporte marítimo enviava informações para um barco, o Polar Prince, a cada 15 minutos.

Como é a embarcação e como funciona a viagem?

O submarino que desapareceu é conhecido como "Titan". A estrutura é feita de carbono e titânio e pode alcançar 4 mil metros de profundidade. Além disso, chega a uma velocidade de 5,5 km/h.

Segundo o g1, a embarcação é classificada como submersível, pois depende de uma plataforma de apoio para ser implantada e retornar. O modelo é utilizado para que passageiros conheçam o mundo submarino sem precisarem ser mergulhadores ou passarem por treinamento especializado.

Para realizar a expedição, uma embarcação grande sai do Canadá levando o submersível, numa expedição que dura 8 dias para em seguida ser lançado ao mar. O "Titan", utilizado nessa expedição, tem 6,5m de comprimento por 3m de largura e cabe até cinco pessoas.

A tecnologia que opera o submersível inclui propulsores elétricos, comunicação via satélite e um controle de videogame, que controla os movimentos da embarcação. Também não há GPS, a tripulação se comunica com o navio de controle para saber onde ir e como guiar o submarino. Para isso, utiliza os botões de um joystick, em que o piloto direciona se o submersível vai avançar, voltar, ir para a esquerda ou direita.

Ao g1, o Capitão de Mar e Guerra Luiz Eduardo Cetrim Maciel, Comandante da Base de Submarinos da Marinha em Niterói (RJ), explicou que a comunicação com a tripulação é feita por mensagens de texto, já que o som não se propaga de forma precisa embaixo d'água.

“É transmitida uma mensagem de texto via satélite para dizer que o submersível está operando em segurança”, relata.

Os pacotes de viagens no submersível custam ao menos US$ 250 mil (R$ 1,19 milhão).

Qual o envolvimento de Elon Musk no caso?

Apesar de não ser um dos passageiros da embarcação, o nome de Elon Musk começou a ser associado ao caso, mas por um motivo: a empresa do bilionário, a Starlink, é responsável por transmitir os sinais de satélite para fornecer as comunicações necessárias da expedição. A informação foi divulgada pela OpenGate em uma postagem feita quatro dias antes dos desaparecimento do submersível.

Quem são os passageiros?

Ao ser noticiado o desaparecimento da embarcação, os parentes dos passageiros começaram a divulgar os nomes, e publicações foram feitas pelos turistas nas redes sociais dias antes da expedição foram resgatadas.

A Guarda Costeira de Boston, que realiza as buscas pelo submarino, confirmou que o bilionário Hamish Harding, de 59 anos, está dentro do submersível como um dos passageiros. O próprio empresário confirmou a presença na viagem nas redes. De acordo com o jornal O Globo, Harding já viajou aos pontos mais profundos do planeta até o espaço, além de ter batido recordes de aviação.


				
					Entenda o caso do submarino desaparecido em expedição ao Titanic
Foto: Reprodução/Instagram

Além de Hamish Harding, também estão no submersível o mergulhador Paul-Henri Nargeolet, o empresário paquistanês Shahzada, curador do Instituto Seti, uma organização de pesquisa na Califórnia; e seu filho Sulaiman Dawood. O comunicado foi feito pela família.

O que é o Titanic?

Como informado, o submersível que levava os turistas para ver os destroços do Titanic. A embarcação é o navio transatlântico considerado o maior e mais luxuoso de sua época. Construído no começo do século 20, pela empresa britânica White Star Line, o Titanic ficou famoso pelo seu naufrágio.

Em 10 de abril de 1912, a embarcação saiu da cidade de Southampton, na Inglaterra, com destino a Nova York, nos EUA. Mas, em 14 de abril. o Titanic bateu em um iceberg e afundou. Mais de 1500 pessoas morreram.

Por causa do naufrágio do Titanic, leis e regulamentos de segurança marítima foram alteradas. O destaque ficou para os botes salva-vidas. O navio não tinha embarcações suficientes para salvar todos os passageiros e, desde então, passou a ser exigido a quantidade para todos.

Os destroços foram encontrados em 1985, a cerca de 650 quilômetros da costa do Canadá.

É possível realizar o resgate dos passageiros?

Submarinos ou submersíveis desaparecidos podem ser localizados a partir de um sonar. O instrumento transmite ondas sonoras no oceano e serve como um "aviso" para a o navio. A partir do tempo de ida e retorno, é possível saber a distância que o obstáculo está.

As buscas pelo submersível desaparecido foram intensificadas na terça-feira (20). A operação, que envolve a Guarda Costeira dos Estados Unidos e do Canadá é considerada complexa, mas não impossível.

Caso o submersível seja localizado, é possível realizar o resgate com o apoio de equipamentos especializados. À CNN, o doutor em Gerenciamento de Riscos e Segurança da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Gerardo Portela, explicou que a embarcação pode ser retirada independentemente do estado em que se encontra, o que não é garantia é se os tripulantes estarão com viva.

Ele explica que equipamentos da indústria offshore, de petróleo e gás, são capazes de acessar locais profundos do oceano, abaixo de 4 mil metros.

Última atualização

Nesta quarta-feira (21), as equipes de resgate que procuram o submersível desaparecido perto dos destroços do Titanic detectaram "ruídos subaquáticos". A informação foi divulgada pela Guarda Costeira dos Estados Unidos. Segundo os especialistas, os cinco ocupantes do aparelho têm oxigênio suficiente para menos de 24h, o que indica que deve acabar na manhã de quinta (22).

"O avião canadense P-3 detectou ruídos subaquáticos na área de busca. Como resultado, as operações de um ROV (sigla em inglês para veículo operado de maneira remota) foram realocadas em uma tentativa de explorar a origem dos ruídos", anunciou no Twitter o Primeiro Distrito da Guarda Costeira dos Estados Unidos.

Segundo um documento interno, divulgado pela CNN, esses sinais "ajudarão a direcionar os recursos de superfície, enquanto persiste a esperança de encontrar sobreviventes".

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