Viver da música é o sonho de muitos artistas da nova geração, que iniciaram a trajetória no entretenimento sem o forte apoio da grande mídia e com Jean Ribeiro, de 23 anos, não seria diferente.
Desta forma, poucos sabem de quem se fala, mas o seu nome artístico já é forte na cena baiana do pagode, mesmo com a carreira recém lançada.
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Atração deste domingo (28) do programa Atitude, da Bahia FM, O Pittybull do Pagode conversou com o iBahia momentos antes de subir no palco para se apresentar na atração e revelou um pouco de sua trajetória na música.
A voz marcante do artista fez sucesso antes mesmo dele iniciar a carreira nos palcos. Foi no colégio que Jean começou a se destacar.
"Eu brincava de imitar Igor Kannário, o pessoal pedia para eu cantar A Bronkka e o pessoal começou a me chamar de Kannário, eu imitava certinho. Um primo meu dizia que eu tinha o dom, mas eu não tinha me ligado ainda. Ele falou 'Invista no pagode', mas eu fazia só da boca pra fora mesmo. Até que ele insistiu tanto e eu comecei a querer levar para esse lado".
Segundo o Pittybull, a primeira oportunidade nos palcos surgiu da gaiatice. Nascido em Candeias e criado em Madre de Deus, Região Metropolitana de Salvador, o artista conta que pediu para cantar e deu certo.
"Eu tava em casa, do nada, me bateu a louca de querer cantar. Fui lá no show e pedi para cantar. Eu criei a minha própria oportunidade, depois desse dia eu comecei a levar a sério".
Ao site, Jean contou que após conseguir sua chance de brilhar nos palcos chegou a pensar em desistir da carreira na música quando se deparou com algumas dificuldades profissionais.
"Quis desistir por falta de oportunidade, de a gente lutar e pedir e ver que aquele que tá lá em cima não tá nem aí para gente aqui embaixo. Já tive várias portas fechadas na cara, fui enganado também. Meu nome tá sujo até hoje por causa disso, um empresário brincou com meu sonho. Mas hoje estou com o pessoal da A5 e estou criando meu nome de novo", revela.
Atrelado as dificuldades profissionais, o artista teve um problema de saúde ocasionado por um tiro que recebeu, o que também fez com que ele ficasse com trauma dos palcos.
"Não queria morrer no palco igual a MC Daleste, fiquei com pânico, queria levar uma vida normal, mas depois que se tornou meu sonho criar essa carreira na música eu não consegui mais deixar para trás".
A retomada veio com o apoio de quem deu força desde o início ao artista a cantar. Ao iBahia, Jean afirma que sua proposta no pagode, além de levar a música para o público é de dar a oportunidade que não teve durante o início da carreira.
"A meta é levantar quem eu puder. Como eu não tive oportunidade, eu vou dar oportunidade àqueles que não estão tendo. Então, se eu tiver cantando e o menino ali embaixo quiser cantar, eu boto ele para cima do palco, a produção querendo ou não".
Durante o programa Atitude, Pittybull recebeu a visita de Oh Polêmico, colega de palco e de produtora e amigo de vida. Junto ao cantor, dono de um dos maiores hits do pagode do momento, o 'Samba do Polly', Jean escreveu outra canção que vem fazendo barulho nas redes sociais e nos paredões 'Cabo C'.
Pai de um "gurizinho", Jean contou ao iBahia qual o maior sonho da vida atualmente: "Quero viver da música, do meu trabalho, do meu suor, que é como eu estou vivendo agora graças a Deus, mas ainda espero melhorar bastante na casa. E quero deixar meu filho viver bem. Vai que ele decide cantar também, vira um Pittyzinho", disse.
Confira a participação de O Pittybull no Atitude:
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