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'É um momento de preocupação, mas não precisamos ficar com pânico', destaca infectologista sobre aumento de casos de Covid-19 na Bahia

Robson Reis chamou atenção para o grande poder de transmissão da cepa do vírus, porém ressaltou a ação das vacinas no impedimento de sintomas graves

Redação iBahia • 01/12/2022 às 21:54 • Atualizada em 02/12/2022 às 0:24 - há XX semanas

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					'É um momento de preocupação, mas não precisamos ficar com pânico', destaca infectologista sobre aumento de casos de Covid-19 na Bahia

O infectologista Robson Reis falou sobre a situação atual da pandemia de Covid-19 na Bahia durante entrevista no programa Fala Bahia, da Bahia FM, nesta quinta-feira (1º). Na participação, o médico comentou sobre o aumento de casos da doença, os riscos e reforçou o apelo pela vacinação como melhor forma de evitar casos graves. O especialista ainda aproveitou para pedir que a população não crie pânico.

"É um momento de preocupação, mas não precisamos ficar com pânico. Temos medicamentos para tratar o paciente com Covid, quando o paciente internar. Avançamos muito no tratamento. O que não tínhamos no início da doença. Conhecemos muito mais a doença", destacou o infectologista.

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Apesar disso, o médico chamou atenção para a necessidade de se prevenir, com medidas como a higienização das mãos e o uso de máscaras, que voltou a ser obrigatório em vários ambientes por determinação do Governo do Estado. O reforço nos cuidados vale, principalmente, para as festas de fim de ano que se aproximam, quando as pessoas costumam se reunir com familiares e amigos.

"Final de ano você pode estar com sua família? Pode, mas com devido cuidado. Se você puder participar de um grupo menor, melhor. Se não puder, você vai estar com sua família ali, de preferência, tomando os devidos cuidados. Sempre higienizar as mãos com sabão e álcool em gel, usar a máscara quando não tiver comendo ou bebendo".

Reis explicou que a nova cepa do vírus que vem agindo na população tem um poder de transmissão maior que as anteriores, e que, por isso, muitas pessoas que ainda não tinham sido contaminadas têm testado positivo.

"Talvez todo mundo que esteja nos assistindo conhece alguém que esteja com Covid, talvez até pegando aquelas pessoas que não tiveram nas ondas anteriores. Então, essas pessoas contraem Covid, mas, na grande maioria das vezes, elas apresentam sintomas brandos, muitos até assintomáticos, mostrando a importância da vacina".

O médico falou também sobre os casos subnotificados, a partir de pessoas que têm realizado auto testes em casa. Diante disso, os números da doença podem ser muito maiores do que o que a população tem conhecimento. Segundo o boletim das últimas 24h, por exemplo, foram contabilizados 1.972 novos casos de Covidd-19 no estado, com 11 mortes. Além disso, 6.843 casos seguem ativos.

"Esse número de casos pode ser ainda maior do que o que está sendo noticiado. Eu te digo que, a cada 10 pacientes que a gente atende, 7 fizeram o auto teste. Quando ele realiza o auto teste de farmácia, é bom, porque ele teve o diagnóstico, mas é ruim porque as vigilâncias epidemiológicas não vão ter acesso a esse caso. Com isso, eles ficam subnotificados. Então, esse número é muito maior que a imprensa e os órgãos de saúde acabam trazendo", pontuou.

O infectologista ressaltou também que a tendência é que o vírus continue agindo entre a população, mesmo após a pandemia, como é o caso de outras doenças, como a Influenza.

"Esse vírus, ele vai ter muito provavelmente um comportamento sazonal. Ou seja, em determinadas épocas do ano, vai ser mais comum as pessoas contraírem essas infecções virais e respiratórias. Entre elas, Influenza e a Covid-19. Por isso, que já se fala que, quando a pandemia estiver resolvida, nós vamos ter que anualmente, ou duas vezes no ano, vai depender muito dessa questão das variantes, nós vamos ter que tomar vacina contra Covid-19, assim como tomamos a vacina contra a Influenza. Inclusive, alguns locais já trabalham com uma vacina que possa ter a proteção contra as duas doenças".

Ainda falando de vacina, Reis trouxe ainda a discussão sobre imunizantes desenvolvidos para combater não somente a cepa original, que é a que é oferecido no Brasil, como também as bivalentes, que combatem as novas cepas do vírus. Os Estados Unidos é um exemplo de país onde já se aplicam essas vacinas. Segundo o médico, a previsão do Ministério da Saúde é de que ainda neste ano haja aplicação dessas doses no Brasil.

"Não significa que as vacinas que nós estamos usando aqui não funcionem. Funcionam sim. E, talvez, uma das estratégias do Ministério da Saúde seja usar as vacinas bivalente para aqueles que já fizeram uso das doses de reforço. Aqueles que não utilizaram nenhum tipo de vacina ou estão com o esquema incompleto, não irão completar com a vacina bivalente".

Na orientação sobre a importância da vacinação, Reis alertou para números que mostram, no dia a dia, a eficácia da imunização. "Você pega pacientes internados com Covid, e 90% desses pacientes não foram vacinados, ou têm um esquema vacinal incompleto".

O infectologista aproveitou também para detalhar algumas diferenças entre um resfriado, gripe e Covid-19. Problemas que têm lotado as unidades de saúde, diante da redução de leitos específicos para Covid-19 após o período mais crítico da pandemia.

"Resfriado comum o paciente tem coriza, congestão nasal, dor de garganta, dor no corpo muito leve, raramente febre. Gripe o paciente vai ter coriza, congestão nasal, dor na garganta, dor no corpo, dor de cabeça e febre. A diferença da gripe para um resfriado comum é a febre, que na gripe geralmente é uma febre alta", contou.

"Já a Covid é muito difícil, porque pode simular um resfriado comum, pode simular uma gripe, pode simular uma amigdalite, uma faringite, pode simular uma pneumonia. Então, a Covid hoje a dica é: sintomas respiratórios, febre, espirrando, é importante fazer o teste", completou.

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