A família de Willys dos Santos da Conceição, homem de 27 anos que morreu após ser espancado por quatro suspeitos no Corredor da Vitória, em Salvador, diz que a vítima morreu devido a um traumatismo crânio-encefálico. Segundo informações apuradas pela produção da TV Bahia com os familiares da vítima, a informação está no atestado de liberação do corpo de Willys. Ele foi enterrado nesta quinta-feira (28), no cemitério de Plataforma.
O corpo da vítima foi reconhecido pelo irmão, Florisvaldo Conceição, no Instituto Médico Legal (IML) na quarta-feira (27). O atestado para liberação do corpo foi divulgado à família da vítima pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT), mas o resultado ainda precisa de laudos complementares que devem ser liberados em 30 dias.
Leia mais:
Florisvaldo Conceição relatou ainda que chegou a ver uma foto do corpo do irmão, depois que ele foi morto. Segundo ele, o rosto de Willys estava desfigurado, o que desmentiria a versão dos suspeitos, presos na última segunda-feira (25), de que teriam apenas imobilizado a vítima.
"Quando vi a foto de meu irmão no Nina [termo usado para se referir ao Instituto Médico Legal de Salvador], quando me mostraram, vi que a face estava destruída. Se eles fizeram uma covardia daquela, eles têm que pagar pelo fato que fizeram", lamentou o irmão da vítima.
Músicos da OSBA tiveram contratos suspensos
A Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA) suspendeu na segunda-feira (25) os contratos dos dois músicos que estão entre os suspeitos presos pelo assassinato de Willys. Por causa do caso, o concerto de Páscoa que seria realizado nesta semana também foi cancelado.
O assassinato aconteceu na madrugada de sábado. Os suspeitos alegaram uma tentativa de assalto. Os quatro foram identificados como: Laércio Souza dos Santos (ex- violista da OSBA), Lincoln Sena Pinheiro (ex- flautista da OSBA), Marcelo da Cunha Rodrigues Machado (namorado de Lincoln) e Sérgio Ricardo Souza Menezes (morador da região).
Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra a ação. Nas imagens, Laércio e Marcelo aparecem caídos no chão, parecendo imobilizar o homem que foi morto, enquanto os outros dois acompanham ao lado. A cena parece ter sido registrada após a confusão. Apesar disso, a defesa dos músicos e de Marcelo alega que não houve espancamento.
Os amigos voltavam de uma festa por volta das 4h, quando a situação aconteceu. Eles teriam sido abordados pelo homem e reagiram, com a ajuda do morador. Outros residentes ouviram muito barulho na rua e acionaram a Polícia Militar (PM), que prendeu os quatro em flagrante.
