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ATITUDE

'Fomos muito além do que é o nosso portal', diz Rodrigo Coelho representante do projeto Nordeste Eu Sou; conheça

Projeto é uma das referências no jornalismo comunitário e se tornou o maior portal da área no estado

Redação iBahia • 11/12/2022 às 21:01 - há XX semanas

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					'Fomos muito além do que é o nosso portal', diz Rodrigo Coelho representante do projeto Nordeste Eu Sou; conheça
Foto: Nordeste Eu Sou

Com o propósito de informar e desestigmatizar a imagem criada por grande parte da população alheia a periferia sobre o complexo Nordeste de Amaralina, surge o Nordeste Eu Sou. Projeto até então despretensioso, que sem imaginar, ganhou projeção nacional e atiçou a mídia internacional.

Convidado do programa Atitude deste domingo (11), o advogado e diretor jurídico do projeto, Rodrigo Coelho, fez uma viagem para explicar a história do NES, que atualmente é referência quando se fala em jornalismo comunitário.

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"Nós fundamos em 2011 com a finalidade de contar as coisas boas da comunidade. Ele nasceu como portal comunitário, com essa proposta de tirar a ideia deturpada que as pessoas tinham de que o Nordeste só tinha violência, criamos em parceria com Jefferson, Saulo, Gabriela, para falar bem do nosso complexo. A princípio começamos a cobrir pequenas festas, o pessoal queria se ver nas redes sociais, e com o passar do tempo, nos tornamos uma caixa de ressonância, para além do projeto comunitário nós passamos a receber as demandas da comunidade, era as ruas que alagavam, transporte que não chegava. Passamos a representar a comunidade".

O que era para ser um portal se transformou em um grande serviço à população sem se restringir apenas a informação. Durante a pandemia, o Nordeste Eu Sou distribuiu máscaras de proteção quando ainda não se tinha noção da gravidade do que seria o coronavírus.

"Compramos o material para produzir e distribuir as máscaras na região, pagamos as mulheres que costuraram as máscaras. Distribuimos cestas básicas. Hoje nós mantemos hoje um centro um centro esportivo dentro do Nordeste, que é oferecido de graça para a comunidade com atividades como box, jiu-jitsu, capoeira para jovens, mulheres, crianças e LGBTQIAPN+".

Referência local e nacional, Rodrigo conta que não imaginava que o projeto fosse tomar a proporção que tem hoje.

"Nossa era falar apenas bem da comunidade, hoje nós temos um reconhecimento de todos os outros sites que surgiram das comunidades, nós temos uma parceria com Voz das Comunidades do Rio de Janeiro, que é do Renê Silva, e é uma parceria que tem dados bons frutos, tem nos ajudados também nas nossas ações sociais e tem é nos dado uma oportunidade de mostrar o trabalho do Nordeste."

A força é tamanha que o Nordeste Eu Sou participa de grandes eventos, como por exemplo recentemente que o representante Jefferson Borges participou de conferência com o consulado americano é sobre mídia comunitária.

"Conversamos sobre a possibilidade da gente poder fazer um intercâmbio fora do país sobre mídia comunitária. Na semana passada eu representei o NES na Virada Social, com a finalidade de descobrir o potencial das favelas, falamos sobre empreendedorismo social. Jamais imaginaríamos que isso aconteceria, fomos muito além do que é o nosso portal."

Além da informação, o NES tem papel fundamental no entretenimento do Complexo Nordeste de Amaralina. O projeto é um dos atores do Carnaval da região, que se tornou referência no Carnaval de bairro e se transformou em um circuito oficial, o Mestre Bimba.

"Nós temos orgulho de dizer que o nosso trabalho tem sido reconhecido por toda a comunidade. Hoje quando você fala Nordeste Eu Sou as pessoas reconhecem dentro e fora do Nordeste. Quando tem um evento cultural dentro do Nordeste, não existe a possibilidade de não estarmos participando. Produzimos o Nordeste Day, que é um festival que acontece desde o primeiro ano do NES em que damos visibilidade para artistas da comunidade, participamos do Carnaval junto ao Governo e Prefeitura e transmitimos ao vivo para todo o mundo."

O projeto, que acontece de forma voluntária, tem um grande sonho para o futuro, o de conquistar uma sede própria para seguir servindo a comunidade e tendo o retorno de visibilidade para um dos maiores bairros de Salvador, sempre quebrando a visão estereotipada do que é o Complexo Nordeste de Amaralina.

"Nós pretendemos ter uma sede própria, a que nós temos hoje é alugada. Queremos um centro onde a gente possa além da prática esportiva, nós possamos dividir os espaços através da comunicação, redação e das aulas de oficina, de cursos preparatórios. Quando a gente chegar lá, talvez a gente possa dizer 'sensação de dever cumprido'."

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