O Planserv, Sistema de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos, é alvo constante de reclamações dos seus beneficiários, com denúncias que relatam descaso e sucateamento dos serviços prestados.
Uma servidora, que preferiu não se identificar, denuncia a suspensão de atendimento em emergências. "As emergências, como o Hospital da Bahia, Santa Isabel, Português, esses hospitais suspenderam o atendimento na emergência. Há uma revolta muito grande porque é um plano de saúde que não tem inadimplência (..), não tem justificativa", disse a cliente.
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Ela também reclamou da dificuldade para marcar consultas: "Eu tenho uma ginecologista aí em Salvador, que aqui no interior não tem. Precisa ligar todo dia primeiro para marcar. Aí a recepcionista me disse que eles só têm 26 vagas, e quando abre esse sistema de cotas nesse dia primeiro, a demanda de mulheres ligando é muito grande, então para você conseguir um serviço é a maior dificuldade do mundo".
A servidora Alany Vieira, que mora no município de Riacho de Santana, à 711 km de Salvador, afirma que a dificuldade de atendimento do Planserv no interior do estado é ainda maior. "Na maioria das cidades a gente não tem credenciamento de nenhum médico que atenda pelo Planserv. Consultas, eu tenho que me deslocar da minha cidade e ir para Vitória da Conquista, que são 400 km. Consultas, exames, qualquer tipo de atendimento médico", relatou.
Uma audiência pública foi marcada para o dia 7 de agosto pelo movimento "SOS Planserv" com o objetivo de apresentar os problemas do sistema ao Ministério Público da Bahia, e segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Bahia (APLB), os sindicalistas vão propor a realização de uma auditoria do plano.
Em nota, o Planserv afirma que investiu R$1,7 bilhão em serviços de saúde em 2022", tendo credenciado "36 novos prestadores em 2022; 36 em 2021 e 40 em 2023". O plano ainda informa que "em 2022, foram realizadas 1,6 milhão de consultas eletivas e 105.551 mil internações regulares de janeiro a dezembro, entre outros procedimentos".
