A possível retirada das linhas de ônibus metropolitanos que circulam pela orla de Salvador e dos coletivos elétricos que rodam pelo Subúrbio Ferroviário da capital baiana vem sendo motivo de preocupação por quem depende do transporte público.
Em uma ação ajuizada no início do mês, o Ministério Público do estado pediu à justiça uma liminar que determine à Agerba a desativação das linhas que adentram em Salvador.
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Sobre a situação dos ônibus da orla, a promotora de justiça Rita Tourinho explica o motivo da decisão: “A questão das linhas metropolitanas na orla é porque a operação dentro da capital cabe ao STCO - sistema principal do Sistema de Transporte Público de Passageiros do Município de Salvador. É uma discussão que o Estado e o município vem tendo a muito tempo para que a cidade assuma as linhas que rodam na orla marítima”.
Ela complementou: “Fizemos essa ação visando a melhoria do ônibus metropolitano e dentro dela estamos discutindo se essas linhas serão operadas pelo município, como consta, realmente, no acordo firmado entre as partes. Inclusive, a empresa responsável pelo serviço metroviário Salvador-Lauro de Freitas está cobrando isso, pois no acordo firmado com as prefeituras está que todos os sistemas tinham que integrar ao metrô. Um ônibus metropolitano, por exemplo, não pode passar por duas linhas de metrô”.
Acerca dos coletivos elétricos que oferecem serviço gratuito na região do subúrbio a situação é semelhante.
Inicialmente, o prazo para a regularização da situação era de 60 dias, a partir da data da publicação da ação, mas a promotora Rita Tourinho frisou que essa determinação vai ser reavaliada até que uma solução seja encontrada.
“Se essa retirada gerar prejuízo para a população, de qualquer nível, nós do Ministério Público, com certeza, não vamos exigir algum tipo de mudança. A atuação nossa é no intuito de regularizar essa questão do sistema de transporte”, destacou.
Em nota, a Agerba informou que o governo do estado está em tratativas sobre o cumprimento do contrato de programa firmado com o Ministério Público e o município, e, sobre o caso dos coletivos do Subúrbio, disse que a retirada dos ônibus elétricos não será imediata. Já a Secretaria de Mobilidade Urbana de Salvador, até o fechamento dessa reportagem, não se pronunciou sobre o assunto.