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Ícone do teatro baiano, Fernando Guerreiro relembra trajetória

Em conversa com Thiago Mastroianni e Dino Neto, diretor e gestor cultural fez críticas ao identitarismo nas artes

Julli Rodrigues • 05/11/2023 às 20:01 - há XX semanas

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No episódio 71 do podcast Geração GFM, transmitido neste domingo (5) na GFM 90,1 e no YouTube, Thiago Mastroianni e Dino Neto conversam com o diretor teatral, comunicador e presidente da Fundação Gregório de Matos, Fernando Guerreiro. O bate-papo, marcado pela irreverência, passeou por temas como teatro, humor e as histórias de vida e carreira do artista.


				
					Ícone do teatro baiano, Fernando Guerreiro relembra trajetória
Foto: Reprodução / Youtube

"Eu cheguei a pesar mais de 100 quilos, tanto que eu, como sempre fui um cara de grupos, descobri mais três gordos na vizinhança e formamos o grupo 'Os Mamutes'. E nós sentávamos na garagem de um deles para planejar as ações, perturbar a vizinhança. (...) Não teve etapa da minha vida que eu tenha pulado. Vivi todas elas. Inclusive trago essa criança até hoje, porque o elemento principal que eu uso quando vou dirigir humor é essa criança que eu fui", contou.

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Segundo Guerreiro, a estreita relação com o humor, que passou pela realização de peças como "A Bofetada" e "Os Cafajestes" acabou se transferindo para o seu trabalho no rádio. O diretor apresenta diariamente na Rádio Metrópole o programa "Revele!", cujo nome, por sinal, é inspirado em seu principal bordão: "No dia que eu chego no programa e eu estou mais sério, as pessoas começam a mandar mensagem perguntando se eu estou bem".

Guerreiro ainda opinou sobre as mudanças no humor ao longo dos anos. Para ele, a adaptação aos "novos tempos" não é uma dificuldade.

"Quando eu montei o [espetáculo] De Um Tudo, eu tinha um [personagem] ladrão, eu falei 'vou botar esse ladrão louro e vou botar o intelectual preto'. E não mudou em nada o humor. O humor pode ser um humor racista, misógino, horroroso... Já passou! A piada escrota não tem mais espaço. Hoje a gente pode fazer humor do mesmo jeito e fazer com leveza. Acho que é só uma questão de bom senso. (...) Eu não tenho briga com nenhuma época. Adorei viver aquilo, mas adoro estar vivo hoje. Temos que entender que hoje a gente vive outra época". Fernando Guerreiro

Ele criticou, no entanto, a força do identitarismo nas artes e disse crer que alguns artistas não seriam famosos se não fossem minorias. "Isso também me irrita. Tem uma trans que desafina tanto que eu quero morrer (...) Tem artista que 'ponga' nisso e fica ali, então esse lado eu acho chato", disse.


				
					Ícone do teatro baiano, Fernando Guerreiro relembra trajetória
Foto: Reprodução / Youtube

Guerreiro também dividiu suas referências musicais - "Rita Lee sempre foi um farol para mim" - e relembrou o papel que teve para revelar grandes nomes da dramaturgia baiana e brasileira, como Ana Mametto, Vladimir Brichta e Wagner Moura: "Tenho muito orgulho desses atores todos e digo sempre que meu teatro é teatro de ator".

Sobre o Geração GFM

Com muito bom humor e leveza, Thiago Mastroianni e Dino Neto conduzem entrevistas com ícones dos anos 80 e 90, toda semana, em duas versões: uma especial para o rádio, na 90,1, e outra edição com bate-papo na íntegra no YouTube.

Você também pode ouvir no formato podcast, disponível nas plataformas Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google Podcasts, Pocket Casts e RadioPublic.

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