O produtor cultural e empresário Moacyr Villas Boas foi o convidado especial do episódio 69 do Geração GFM, que foi ao ar neste domingo (1º) na GFM 90,1 e no YouTube. Durante o bate-papo, ele falou sobre os bastidores dos shows, curiosidades e histórias que já vivenciou em trabalhos com artistas.
Ao relembrar detalhes do início da trajetória profissional, Villas Boas destacou que a carreira na área aconteceu “de uma forma totalmente acidental”.
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“Nasci no interior e vim fazer publicidade na Universidade Católica. Comecei atuando na área da comunicação, enquanto publicitário, daí entrei na área de assessoria de imprensa, comunicação para eventos culturais... Inicialmente, fui fazendo a comunicação dos shows e quando vi estava também na produção executiva dos eventos. Nunca foi um plano da minha vida, mas adoro fazer o que eu faço”, disse Moacy, que também é presidente da Associação Baiana das Produtoras de Eventos.
Com muitos anos de experiência, ele domina quando o assunto é analisar o cenário cultural e a produção de grandes eventos. Ao ser questionado sobre a ausência de um direcionamento nas universidades, para os estudantes de comunicação, sobre o que há de novo no mercado, o profissional destacou: “Evento é matemática, é planilha, é cultural.... Envolve muita coisa. A Universidade Federal da Bahia tem um curso de Produção Cultural, mas que eu continuo achando que ele é muito mais teoria do que prática”.
Experiências com artistas
O baiano, que nasceu na cidade de Santa Bárbara, já teve a oportunidade de trabalhar com grandes artistas nacionais e internacionais. E, como era de se esperar, tiveram experiências inusitadas. Com um influenciador digital, que ele preferiu não citar o nome, ele contou que já recebeu exigências inesperadas.
“De repente, na última negociação que tentei para trazê-lo (para um evento na Bahia), ele não queria mais ficar em hotel. Queria que providenciássemos uma casa, com seis cômodos, chefe de cozinha...”, detalhou.
Nesses casos, Moacyr frisou que é importante ter “jogo de cintura”. “Então, você, enquanto produtor, tem que pesar na balança e ver se compensa para você, se está afim de fazer o projeto... Tem esse tipo de coisa que chega. É raro, mas que quando chega a gente corta”, afirmou.
Além disso, ele citou a diferença de comportamento entre os antigos e novos artistas. “Eu trabalho com grandes nomes da MPB que são de uma simplicidade impressionante. Gilberto Gil, Alceu Valença, Geraldo Azevedo... São pessoas extremante simples e de uma grandeza sem tamanho”.
Sobre o Geração GFM
Com muito bom humor e leveza, Thiago Mastroianni e Dino Neto conduzem entrevistas com ícones dos anos 80 e 90, toda semana, em duas versões: uma especial para o rádio, na 90,1, e outra edição com bate-papo na íntegra no YouTube.
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