O primeiro disco solo de Liniker, "Indigo Borboleta Anil", roda o Brasil como turnê e voltou à Salvador neste sábado (16), após exatos um ano, dois meses e 8 dias. A primeira vez que a estrela paulista cantou os sucessos do álbum na Concha Acústica do Teatro Castro Alves (TCA) foi em 8 de julho de 2022.
Os ingressos para a apresentação, que contaram com preços reduzidos para pessoas trans, esgotaram. A lotação do espaço mostrou a força de "Indigo Borboleta Anil", ganhador do Grammy Latino como Melhor Álbum de Música Popular Brasileira em 2022, e o carinho dos baianos com a "Baby 95" - inclusive, tem vídeo da performance do hit ao final da matéria!
Leia também:
"Antes de Tudo" foi a responsável por abrir o show e dar sequência ao passeio feito pelos álbuns de Liniker, além do último lançado, que dá nome à turnê. "Remonta" e "Goela Baixo", trabalhos ainda com os Caramelows, estavam longe de serem esquecidos na apresentação.
Confira trecho de "Zero", do disco "Remonta", durante a apresentação em Salvador:
Vestida de Ateliê Mão de Mãe, marca soteropolitana que já marcou presença na São Paulo Fashion Week (SPFW) algumas vezes, Lili voltou à capital baiana não só com músicas consagradas na própria voz, como também prestou uma homenagem a Djavan.
"Eu achei que, durante a turnê, eu tinha que fazer homenagens às pessoas dentro da música que me inspirassem e a minha homenagem de hoje... Pra mim ele é um dos maiores cristais, uma das maiores energias que existem nesse mundo e, principalmente, no Brasil", começou Liniker.
"Ele é o grande amor da minha vida, minha grande inspiração musical, minha grande inspiração poética e para além de homenageá-lo esta noite. Eu queria cantar também estas canções pela nossa ancestralidade, pela nossa energia e, principalmente, por ele me provocar a vontade de sonhar. Esta noite, eu quero cantar Djavan pra vocês", disse, segundos antes de cantar "Oceano". Assista:
O vínculo de Liniker com a Bahia pode ser visto em parceiras recentes como "Dejavú" com ÀTTØØXXÁ e também em "Torto Arado", onde canta junto a Luedji Luna. Mas antes mesmo desses lançamentos, veio "Psiu", que foi composta na capital e abriu caminhos para o nascimento do álbum:
"Essa canção eu compus aqui em Salvador, em 2019. Foi uma canção... Parece quase uma sessão de terapia o que aconteceu nesse dia, porque eu tinha muito medo de entrar na água do mar. E, depois de um mergulho, eu senti coragem pra seguir literalmente a vida, pra conseguir romper uma relação profissional de muitos anos que não estava bem, eu não estava feliz. E eu acho que foi a partir dessa música que [Indigo] Borboleta Anil começou a dar as caras pra mim", contou.
O sucesso de "Indigo Borboleta Anil" é uma realidade. Mas, dentre as 11 faixas, uma delas ganhou um espaço especial no coração dos fãs e se tornou uma unanimidade: "Baby 95". Ao desafiar a plateia para cantar no máximo volume, Lili pôde escutar a voz afinada dos baianos entoando o hino, momentos antes de presentear os admiradores com a versão ao vivo da mesma. Veja, respectivamente, ambos vídeos:
Inclusive, a artista ainda convidou um fã para cantar com ela, chamado Sam Lisboa.
A última música cantada por Liniker foi a mesma que abriu o espetáculo, "Antes de Tudo". Emocionada após a apresentação, a qual foi assistida e aplaudida de pé pelos baianos, Lili se despediu agradeceu: "Muito obrigada, Salvador. Que honra, que prazer".