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Mais que um intérprete

Ney Matogrosso, 82 anos: conheça composições do artista

Reconhecido como grande voz da MPB, cantor assinou canções em parceria com Leoni e o grupo RPM, em 1986

Julli Rodrigues • 01/08/2023 às 12:38 • Atualizada em 03/08/2023 às 18:23 - há XX semanas

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					Ney Matogrosso, 82 anos: conheça composições do artista
Ney em apresentação no Rock In Rio, em 1985. Foto: Reprodução / Redes sociais

O cantor Ney Matogrosso, que completa 82 anos nesta terça-feira (1º), é reconhecido como um grande intérprete da música brasileira. Seu timbre raro de contratenor marca presença no cenário cultural há 50 anos, desde que surgiu como vocalista do lendário grupo Secos & Molhados. O que pouca gente sabe, no entanto, é que Ney também chegou a se aventurar como compositor.

No álbum "Bugre", de 1986, o artista assina duas composições: "Dívidas de Amor", ao lado de Leoni; e "Vertigem", em parceria com Fernando Deluqui, Luiz Schiavon e Paulo Ricardo, do RPM. A imprensa da época registra que as letras surgiram das anotações feitas pelo artista em seus cadernos.

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"Eu escrevo para mim. Às vezes muito, às vezes passo seis meses sem escrever nada. Para botar estas letras no disco tive que tirar uma carteira de compositor. Não creio que venha a me dedicar a este tipo de coisa. Pode acontecer, ocasionalmente", disse Ney ao jornal A Tribuna, em junho de 1986. De fato, as duas composições vieram a ser os únicos registros de letras feitas pelo artista, pelo menos até agora.

Confira:

"Dívidas de Amor" (Leoni/Ney Matogrosso)

"Vertigem" (RPM/Ney Matogrosso)

A estreia como compositor foi apenas parte de um momento repleto de experimentalismo na trajetória de Ney. Em 1985, o artista fez a direção do megassucesso "Rádio Pirata Ao Vivo", show do grupo RPM, e participou do projeto "Luz do Solo", com Arthur Moreira Lima, Paulo Moura e Rafael Rabelo. No mesmo ano, ele ainda estreou como ator no filme "Sonho de Valsa", dirigido por Ana Carolina, e foi uma das atrações do primeiro Rock In Rio.

O álbum "Bugre" veio em 1986 para coroar essas transformações. Além das já citadas canções autorais, o disco traz a célebre regravação de "Balada do Louco" (Rita Lee/Arnaldo Baptista/Sérgio Dias) e a presença do vanguardista Arrigo Barnabé nos arranjos da faixa-título (Luli/Lucinha). A sonoridade mais soturna, baseada em instrumentos eletrônicos, tem momentos solares em canções como a rumba "Las Muchachas de Copacabana" (Chico Buarque) e o samba-enredo "História do Brasil" (Jorge Aragão/Nilton Barros).

"Em Bugre, agora, eu posso arriscar muito mais tranquilamente, depois de todo o sucesso, mas sei que é um disco para ser ouvido muito mais do que para ser dançado. Por outro lado, é um trabalho mais equilibrado", disse Ney à revista Manchete.

Ouça o álbum completo:

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