O Festival MPB 80, realizado pela Rede Globo, sacudiu o país com grandes músicas, revelação de novos talentos e afirmações de outros nomes que já estavam na estrada. A música vencedora foi “Agonia” de Oswaldo Montenegro. Já a Bahia brilhou com “A Massa”, composição de Jorge Portugal, defendida por Raimundo Sodré, que ficou com o terceiro lugar. O melhor intérprete foi Jessé, que cantou a bonita “Porto Solidão”.
A escolha foi mais do que justa, pois o artista, então com 28 anos, além de ter uma belíssima voz, cantou com a alma, com uma vibração que envolveu e emocionou o público que lotou o Ginásio do Maracanãzinho no Rio de Janeiro. A música foi sucesso em todo o país.
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A partir daí, Jessé Florentino Santos, nascido em Niterói (RJ) e criado em Brasília, passou a ser reconhecido como um dos melhores intérpretes da nossa música. Ele havia iniciado a vida artística em São Paulo, onde integrou o grupo Placa Luminosa. A sua passagem pelo cenário musical foi intensa e relativamente rápida. Apesar dos 12 discos gravados, foram apenas 13 anos de carreira solo.
Em 29 de março de 1993, aos 40 anos, Jessé morreu em um acidente de carro, na cidade de Ourinhos (SP), quando viajava para Terra Rica (PR), onde faria um show. Ele estava dirigindo o seu automóvel em companhia da esposa Rosana Kozzer, que estava grávida. Ela perdeu a criança, mas sobreviveu ao acidente.
Apesar da curta trajetória, Jessé deixou muitos fãs e o registro de uma das vozes mais bonitas da música brasileira.