A queda no preço dos componentes de informática e o aumento do poder aquisitivo da população foram os principais fatores que fizeram com que o país atingisse a marca de 99 milhões de computadores em uso, até o quarto mês de 2012. Os dados são da 23ª Pesquisa Anual de Tecnologia da Informação (TI), divulgada nesta quarta-feira (18) pelo Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da Fundação Getulio Vargas (FGV) que consideram os equipamentos utilizados no ambiente corporativo e no doméstico. “É um conjunto de ingredientes que, a gente reunindo, faz explodir [a quantidade de computadores no país]. O primeiro [ingrediente] importante é que o custo do computador desceu muito. O segundo ingrediente é que a população aumentou o poder aquisitivo”, destacou o coordenador da pesquisa, o professor Fernando Meirelles. “O terceiro fator é o câmbio favorável, depois a percepção da utilidade do computador crescendo, e você tendo alternativas de comprar máquinas por menos de mil reais, em 60 vezes”, acrescentou. O levantamento mostra ainda que o total de computadores em uso no país e o investimento na área da TI dobraram nos últimos quatro anos. De acordo com a pesquisa, as empresas investiam, em 2008, cerca de 3,5% de seu faturamento em computadores, hoje chegam a 7%. O resultado se repete em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) do país. “A indústria da tecnologia da informação no país representava aproximadamente 3% ou 4% do PIB há quatro anos. Hoje é 7%, 8 %. Se a indústria de tecnologia investe mais, alguém está comprando isso: as empresas e as pessoas”, ressaltou Meirelles. O percentual de computadores por habitante no Brasil (cerca de 51%) coloca o país acima da média mundial (42%). Nos Estados Unidos, há cerca de 354 milhões de computadores, ou 114% da população.
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