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Conheça os principais riscos antes de investir em uma franquia

Dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF) dão conta que 15% das unidades de franquias fecham as portas nos primeiros cinco anos de existência

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21/07/2014 às 14:09 • Atualizada em 01/09/2022 às 15:45 - há XX semanas
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Não é novidade para ninguém: abrir uma franquia é bem mais seguro do que começar uma empresa do zero. Dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF) dão conta que 15% das unidades de franquias fecham as portas nos primeiros cinco anos de existência, taxa que chega a 80% quando se pensa nas empresas normais. O que esse fato não pode esconder é que existem diversos riscos no mundo das franquias. Mesmo menores, eles não podem ser ignorados, sob pena de você ver a sua unidade fechar as portas e fazer parte da estatística negativa. Para evitar isso, conheça os principais riscos que você deve considerar antes de investir em uma franquia. Período para o retorno do investimento - Em qualquer discussão para fechar um contrato com um franqueador, ele vai apresentar os dados financeiros da franquia. Entre eles, há o tempo para retorno do investimento, que pode ir de 12 a 24 meses ou mais, variando conforme o caso. O que nem sempre está claro é que esse dado é um valor médio. Há casos de franqueados que recuperam o seu investimento inicial em menos tempo, enquanto outros levam mais. Se você fechar o acordo, esteja preparado para o período máximo para ter o retorno de investimento e, a partir daí, os lucros. Uma reserva de capital para esta situação pode ajudar a superar um início mais lento. Cuidado com vícios de gestão - A experiência prévia não é um pré-requisito obrigatório para quem vai abrir uma franquia, mas pode ajudar. Se, por exemplo, você já atua durante anos vendendo chocolate e abre uma loja no setor, o seu conhecimento pode facilitar o dia a dia da unidade. Por outro lado, hábitos antigos de gestão (que alguns poderiam chamar de vícios) podem atrapalhar a relação. E, especialmente, desrespeitar o modelo estabelecido com o franqueador. Nunca é demais lembrar que, ao fechar o contrato, você precisa seguir a política da marca e cumprir as recomendações do franqueador. Só assim você consegue diminuir as possibilidades de fracasso. Isso não significa que você, como franqueado, só deve obedecer. Ao contrário, o relacionamento entre as partes precisa envolver diálogo, o que leva ao próximo ponto. Falta de comunicação - O relacionamento entre franqueado e marca precisa de uma boa comunicação, com os dois lados falando e sendo ouvidos. Só com o diálogo é que o negócio pode se desenvolver no máximo da capacidade. Quando alguém para de ouvir é que problemas surgem. Essa questão é ainda mais delicada em um país como o Brasil, com dimensões continentais. Para evitar esse risco, veja qual é a estrutura de comunicação do franqueador. Se ele contar com um departamento interno de comunicação ou tiver uma empresa especializada na área prestando serviço, reduz o risco de que as partes não estejam falando a mesma língua. Competição entre unidades - Isso é comum com franquias com muita procura. Por conta da demanda quente, algumas marcas esquecem a regra de ouro das franquias e colocam várias unidades para competir em uma mesma região. Se, ao adotar essa estratégia, o franqueado pode ganhar por expulsar as marcas concorrentes para domina determinada região, o ônus fica nas mãos do franqueado, que assume o risco de ter que “dividir” os lucros com outras unidades da mesma marca. Por isso, antes de assinar, veja qual é a política de regiões da marca e se eles preveem competição entre unidades. O risco pode ser você - A primeira ideia que você deve eliminar da cabeça é de que não existem riscos ao adquirir uma franquia. Como já apontamos acima, eles existem em franquias de qualquer segmento. Mas os riscos não estão apenas no modelo. Você precisa ser sincero com você mesmo ao responder a seguinte pergunta: "Estou preparado para administrar meu próprio empreendimento?" Em uma franquia, quem é responsável pela motivação da equipe e do controle do capital é o franqueado, ou seja, você, e isso exige mais do que dedicação, demandando também algum conhecimento em recursos humanos e administração. Se você quiser melhorar nessas áreas, comece pesquisando pela internet e passe a participar de eventos sobre gestão de negócios. Além disso, não tenha medo de voltar as carteiras e fazer cursos especializados. *Nadia Korosue é administradora de empresas, especialista em projetos, sócia da GOAKIRA, consultoria especializada em franquias e varejo.

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