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Câmera de posto flagrou jovem antes de ser morta pelo carona

Namorado pediu que ela tomasse 'cuidado'; suspeito responde por 8 crimes

Redação iBahia • 03/11/2017 às 19:42 • Atualizada em 27/08/2022 às 20:47 - há XX semanas

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A morte de Kelly Cristina Cadamuro, 22 anos, que viajou de São Paulo para Minas Gerais dando carona ao próprio assassino, foi premeditada, acredita a polícia. Jonathan Pereira do Prado, preso nesta sexta-feira (3), confessou o crime e disse que entrou em um grupo de WhatsApp de carona solidária com intenção de escolher alguém para roubar. O criminoso afirma que iria escolher alguém aleatoriamente, mas o delegado Fernando Vetorazo, que investiga o caso, acredita que Kelly foi visada. Imagens de um posto de gasolina mostram os últimos momentos de vida da jovem.

Câmera de posto registrou Kelly abastecendo o veículo antes de ser morta

“O Jonathan entrou no WhatsApp e chamou a menina para a carona, disse que ia com a esposa. Mas ele premeditou o crime porque levou uma corda. Chegando perto de Itapagipe (MG), ele cometeu o crime. Disse que foi aleatória a escolha da vítima, mas não acreditamos, porque ele entrou no grupo, esperou ela oferecer a carona, se fosse apenas para roubar o carro, teria feito com outro”, afirmou o delegado à TV Tem. Jonathan já responde por furto, roubo, estelionato, extorsão, ameaça, lesão corporal, apropriação e uso de moeda falsa. Ele estava foragido desde março, quando teve uma saída temporária e não retornou ao Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de São José do Rio Preto (SP).

Kelly fazia parte há 3 anos do grupo de WhatsApp e um de Facebook com intenção de oferecer caronas, já que viajava constantemente entre Guapiaçu (SP) e Itapagipe (MG), onde morava seu namorado, o engenheiro civil Marcos Silva. A viagem é de cerca de 100 km e com a carona ela dividia os custos de combustível e pedágio. "Vou de Rio Preto para Itapagipe., quarta (1/11) às 18h", postou ela no grupo do app Carona Rio Preto-Itapagipe. Jonathan leu essa mensagem. A carona foi marcada como sendo para um casal, mas na hora só ele apareceu.

Print da conversa da moça com o namorado, antes de ser morta

Desaparecimento

Kelly se comunicou com familiares e com o namorado às 19h23, informando que estava abastacendo o veículo na BR-153. Na conversa, ele chegou a pedir que ela tomasse cuidado. Depois disso, ninguém mais conseguiu entrar em contato com a jovem e o WhatsApp mostrava que ela tinha ficado online pela última vez às 19h24. No aplicativo de mensagens, ela contou ao namorado o momento que pegou Jonathan na praça Cívica de Rio Preto, revelou que a mulher do "casal" teria desistido da viagem e por fim revelou que tinha parado no posto. Depois disso, nada. O namorado manda mensagens perguntando por ela e não tem resposta.

“Ela era acostumada a viajar e compartilhar carona e, geralmente, me mandava foto de quem era a pessoa que iria acompanhá-la. Dessa vez, como foi uma moça que ligou para ela combinando por telefone, não tinha imagens. Na ligação, ela me contou que iria esta moça e o namorado dela, mas, na hora de embarcar, só o rapaz apareceu. Eu sempre ficava preocupado com ela e mandei mensagem pedindo para ela tomar cuidado. Às 20h23, voltei a procurá-la e ela não apareceu mais”, explica o namorado.

Pertences de Kelly que foram encontrados pela polícia

“Assim que percebi que ela estava demorando muito eu comecei a procurá-la e como não achei acionei a polícia. Durante as buscas em uma mata perto da MG-255, eu achei a calça dela, que estava do avesso, bem suja e um pouco molhada. Depois disso, os militares encontraram o corpo”, lamenta.

Câmeras de segurança de um pedágio em Minas Gerais registraram o momento em que ela passa por uma das cancelas dirigindo o carro. Cerca de uma hora depois, o veículo retorna no sentido São Paulo, agora dirigido por um homem. O carro foi encontrado sem pneus nem rádio, abandonado no interior paulista. Na manhã de ontem, o corpo de Kelly também foi achado, perto de um córrego entre Frutal e Itapagipe, seminu e com a cabeça dentro da água. Ela morreu por asfixia, segundo a perícia.

Os três suspeitos foram presos nesta sexta. Além de Jonathan, foram presos Wander Luís Cunha e Daniel Teodoro da Silva. Um deles ajudou Jonathan a matar Kelly e o outro comprou os objetos roubados da vítima. O celular da vítima e outros pertences dela foram encontrados com os suspeitos.

Enterro

O corpo foi velado durante a manhã desta sexta-feira em Guapiaçu, onde Kelly morava com a família, e o enterro foi realizado no cemitério da cidade por volta das 13h.

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