Flávio dos Santos Rodrigues, filho da deputada federal Flordelis dos Santos, não vai participar da reconstituição da morte do pastor Anderson do Carmo, que será realizada no próximo sábado, na casa da família, em Pendotiba, Niterói. A informação é de um dos advogados de Flávio, Maurício Mayr. Flávio é acusado de ter matado Anderson a tiros. Em depoimento, ele confessou o crime a policiais da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo.
A confissão de Flávio aconteceu quando ele ainda não era assistido por seus atuais advogados. Desde que assumiram o caso, eles questionam o depoimento, prestado sem a presença dos defensores do rapaz à época.
Mayr, junto com outros advogados, questiona ainda o fato de Flávio ter ficado dois meses preso na DH. Ele e Lucas permaneceram na unidade policial durante as investigações e só foram transferidos com o fim do inquérito.
- A reconstituição precisa ser baseada num depoimento idôneo, o que não é o caso. O Flávio manifesta o desejo de prestar novo depoimento em sede judicial para esclarecer qualquer ponto controvertido. Essa reconstituição, para a defesa, não traz benefício algum - explicou Mayr.
Além de Flávio, Lucas Cézar dos Santos Rodrigues, filho adotivo de Flordelis e Anderson, também é acusado de participação no crime. De acordo com seu advogado, Valter Moura, a princípio Lucas participará da reconstituição. Ele estará com seu cliente nos próximos dias, no presídio Bandeira Stampa, conhecido como Bangu 9, no Complexo de Gericinó. Flávio está na mesma unidade e divide uma cela com o irmão.
O entendimento majoritário do Supremo Tribunal Federal é de que o acusado não é obrigado a produzir provas contra si mesmo, por isso pode se recusar a participar da reconstituição.
Na última semana, policiais da DH intimaram Flordelis, além de alguns de seus filhos, netos e uma nora para a reprodução. Estavam na casa, no momento do crime, além de Anderson, Flordelis e Flávio, oito filhos da parlamentar (Carlos, Anabel, Gabriela, André, Daniel Isabel, Adriano e Cristiana), três netos (Ramon, Rafaela e Taiane) e uma nora (Marcele). Lucas não estava na casa.
O pastor Anderson foi morto a tiros na madrugada do dia 16 de junho, dentro da casa da família, em Pendotiba, Niterói. Após a conclusão da primeira parte das investigações, na qual Lucas e Flávio foram indiciados, a polícia abriu um novo inquérito para apurar a participação de outras pessoas da família no crime, entre elas Flordelis. Os investigadores também apuram se houve um mandante para o assassinato.
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A Polícia Civil acredita que outra pessoa, além de Flávio, tenha atirado na vítima. O filho da parlamentar confessou, em depoimento, que deu seis disparos contra o padrasto. Exame do Instituto Médico Legal, no entanto, revelou que o corpo tinha 30 perfurações pelo corpo.
Nesta segunda-feira, o crime completou três meses. Flordeliz fez uma postagem, em suas redes sociais, relembrando a morte do crime. “Só o amor nos faz olhar pra frente...Já se passaram 3 meses que você se foi, meu amor. Que saudade! Cadê você aqui para me proteger nesse momento difícil? Você sempre foi meu guardião! Eu prometo que vou dar continuidade ao seu legado aqui na terra. Te amo, Niel”, escreveu Flordelis em suas contas no Instagram e no Facebook.
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Redação iBahia
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