Foto: Valter Campanato/Agência Brasil |
“O Brasil precisa de calma e tranquilidade para tocar. Não a calma da omissão, mas a calma de separar inquérito do funcionamento normal do país”, comentou. “Cabe ao Ministério Público e ao Judiciário investigação e julgamento, cabe a nós tocar o funcionamento do país. O melhor é que as investigações estejam ladeadas pelo funcionamento normal do país. Se começarem a perturbar tudo, daqui a pouco muita gente vai dizer 'acaba logo essa investigação', porque o país precisa voltar à normalidade”. A declaração foi feita a jornalistas após solenidade na Escola de Guerra Naval, na Urca, zona sul do Rio de Janeiro.
O ministro defendeu a punição das pessoas físicas que forem consideradas culpadas pelo envolvimento em corrupção na Petrobras. No entanto, Wagner é contrário ao fechamento das empresas envolvidas, “porque assim acabamos tendo consequências danosas para a população. Como no estaleiro da Bahia, que pela indefinição no fluxo dos financiamentos, causou mais de 5 mil demissões”, explicou. “Devemos preservar a empresa e a inteligência nacional. Não podemos jogar a água suja com criança junto”. Para ele, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a Operação Lava Jato terá poucos resultados práticos. “A CPI acaba trabalhando em cima do que já está revelado. Dificilmente, eles [parlamentares] irão além do que a Polícia Federal já investigou”, disse.
Wagner comentou ainda as novas regras de seguro-desemprego. Segundo ele, as medidas são necessárias no momento atual. “O seguro-desemprego é causa ou efeito da rotatividade de mão de obra? Quanto mais elástica a ferramenta social melhor, mas não pode ser demais, senão pode acabar arrebentando”, ponderou. “Uma coisa é trabalhar com 5% de desemprego e outra é com 15%. Não é o mais simpático, mas é o necessário, para recuperar a capacidade de nossa economia crescer”, completou.
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