Os preços dos materiais escolares tiveram variação menor que a inflação de janeiro a dezembro de 2011, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Getulio Vargas (FGV), que ficou em 6,36%. No período pesquisa, o material escolar subiu 6,01%, segundo o economista André Braz, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV). “Não foi diferente nos últimos anos. Desde 2005, o material escolar vem registrando aumentos abaixo da inflação média. Não tem apresentado aumento real”, disse Braz. Isso não quer dizer, entretanto, que esse item da cesta de compras tenha deixado de ser custoso para as famílias, em especial no primeiro mês do ano. “Tem que procurar, pechinchar, comprar em grupo, para tentar baixar o preço”, recomendou. Ele acredita que, no IPC de janeiro, que será divulgado no início de fevereiro, há chances de o material escolar superar a inflação mensal. “No mês de janeiro, especificamente, devido à procura, o preço pode subir. Mas, ao longo do ano, ele pode recuar. Alguma sazonalidade nesse preço tem, pela lei da oferta e da procura. Está todo mundo concentrado em comprar lista de material. Então, é óbvio que os componentes devem subir”. No que se refere aos livros didáticos, André Braz avaliou que o peso no bolso das famílias pode ser maior este ano. “Como os pais estão comprando sempre material diferente, para séries diferentes, e, a cada ano, as crianças sobem de nível, você nunca tem uma comparação muito precisa. Está sempre comprando uma outra lista de material, um outro conjunto de livros, que pode ter um conteúdo mais técnico e, aí, encarecer”.
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