Edvaldo Felix Duarte dos Santos, de 34 anos, suspeito de ter estuprado e matado a motorista de Uber Katia Valéria Nunes Bastos, de 47, afirmou, em depoimento na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), que já conhecia a vítima e que manteve relação sexual consensual com ela. Edvaldo afirmou ainda que Katia teria pedido para ser estrangulada durante o ato sexual. A polícia, no entanto, não acreditou na versão dada por Edvaldo e ele foi autuado em flagrante por homicídio qualificado.
O corpo de Katia foi encontrado na noite de segunda-feira (8) dentro de seu carro, um Gol preto, às margens da Rodovia Washington Luiz, na Baixada Fluminsense, Rio de Janeiro. A vítima tinha sinais de agressão no rosto e foi estrangulada. O corpo estava no banco de trás do veículo e Edvaldo, no banco da frente. Inicialmente, os PMs, que faziam patrulhamento na rodovia acreditaram se tratar de um acidente, mas ao se aproximarem do veículo viram o corpo de Katia.
No momento do crime, na noite dessa segunda, Katia estava trabalhando. Edvaldo alegou à polícia que teria solicitado um veículo no Uber e a vítima foi a motorista designada para atendê-lo. A DHBF ainda apura se o suspeito solicitou a corrida pelo aplicativo como alega. A polícia acredita que o suspeito não tenha agido sozinho e investiga a participação de outras pessoas no crime.
- Ela evitava locais de risco e só trabalhava na Baixada, região que conhece muito bem. Ela nunca relatou temer pela segurança trabalhando como motorista, mas quando era noticiado algum caso de violência contra motorista de aplicativo, ficava assustada - contou um parente da vítima que pediu para não ser identificado.
O corpo de Katia será enterrado na manhã desta quarta-feira no Cemitério da Solidão, em Belford Roxo, também na Baixada. A vítima era separada e tinha dois filhos. Ambos estiveram no Instituto Médico Legal (IML) de Duque de Caxias para fazer o reconhecimento do corpo da vítima.
Em março deste ano, Edvaldo foi acusado pela esposa de violência doméstica. Ele teria agredido a mulher e a Justiça decretou medidas protetivas com base na Lei Maria da Penha.
Em nota, a Uber afirmou: "Ficamos chocados em saber que a motorista parceira foi vítima desse crime terrível. Nossos sentimentos estão com a família da Katia neste momento de dor. A Uber repudia todo tipo de comportamento violento contra mulheres e acredita na importância de combater, coibir e denunciar casos que envolvam qualquer forma de assédio ou violência. A empresa informa que o usuário envolvido foi banido e que está totalmente à disposição para colaborar com as autoridades no curso das investigações, nos termos da lei".
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Redação iBahia
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