Em mais uma partida de poucos atrativos ofensivos, como havia sido Rússia x Espanha mais cedo, Croácia e Dinamarca também empataram em 1 a 1, e a vaga nas quartas de final foi decidida na cobrança de pênaltis, vencida por 3 a 2 pelos croatas. Apesar de ter defendido uma cobrança de Modric no tempo normal e outras duas na decisão de penalidades, o goleiro dinamarquês Peter Schmeichel não conseguiu classificar a sua seleção.
O início do jogo foi emocionante graças a uma série de erros e trapalhadas de ambos os lados. Com um minuto de bola rolando, Knudsen lançou cobrança de lateral na área croata, e o zagueiro Jorgensen aproveitou a bola sobrada para chutar rasteiro. Encoberto, o goleiro Subasic não conseguiu segurar, e a Dinamarca fez 1 a 0.
A alegria escandivana, contudo, não duraria dois minutos. Logo na sequência, no primeiro ataque após a saída de bola, a Croácia igualou o marcador. Aproveitando lambança da zaga dinamarquesa, o lateral-direito Vrsalijko deu um chutão para o meio. A defesa tentou afastar o perigo, a bola acertou a cabeça do próprio companheiro e voltou para Mandzukic, que deu um chute mascado para empatar o confronto em 1 a 1.
Passada a loucura inicial, o jogo tomou o rumo que era esperado, com uma Dinamarca postada num curioso 4-3-3 defensivo, dedicado aos contra-ataques, e uma Croácia controlando mais as ações no meio-campo, através da técnica de jogadores como Raktic, Modric e Perisic.
Mas os dinamarqueses não ficavam presos no campo defensivo. Em passagens rápidas, sempre orquestradas pela batuta do maestro e camisa 10 Eriksen, a Dinamarca quase ampliou em bom chute de Braithwaite.
Já a Croácia não conseguia transformar o elevado volume de jogo em oportunidades claras de gol. A única chance perigosa veio de bola parada, quando Lovren desviou cruzamento e chegou perto de virar o jogo, já no final do primeiro tempo.
Improvisado no meio campo, o zagueiro Christensen não voltou para o segundo tempo. Lesionado, o atleta do Chelsea deu vaga para Schöne, que conseguiu segurar melhor o jogo e rodar a bola pelo campo da Dinamarca.
Mais talentosa, a Croácia voltou a cometer alguns dos erros vistos contra a Nigéria e contra a Islândia: ficou atrás, não adiantou a marcação e deixou a partida correr como se não fizesse parte dela. Notando esse problema, Zlatko Dalic tirou Brozovic para lançar Kovacic, do Real Madrid.
Pouco a pouco, a postura aguerrida de Kovacic contagiou o time e a Croácia foi para cima da Dinamarca nos últimos cinco minutos de tempo regulamentar, com boas jogadas de Rebic pela direita, que improvisava dribles, e tentativas de fora da área.
Na prorrogação, entretanto, a seleção croata retomou a maneira preguiçosa em que atuou na maior parte do tempo regulamentar e foi pressionada pela Dinamarca, que chegou em boas subidas de Braithwaite e Yurari, que buscavam o centro-avante Jorgensen, substituto de Cornelius.
Cansado, Braihwaite deixou o campo para a entrada de Sisto, mantendo a velocidade dinamarquesa no lado esquerdo de ataque.
Melhor no jogo, a Dinamarca foi castigada aos oito minutos do segundo tempo da prorrogação. Modric aproveitou desatenção dos escandinavos e deu passe precioso para Rebic, que driblou Schmeichel e foi derrubado por Jorgensen a metros do gol. Na cobrança de pênalti, Modric chutou fraco, e o guarda-metas dinamarquês defendeu, para aplausos de seu pai, o lendário ex-goleiro do Manchester United Peter Schmeichel, que via o jogo da arquibancada.
Depois de 120 minutos, mais um jogo de oitavas de final da Copa da Rússia foi para a decisão de pênaltis, quando brilhou a estrela dos goleiros Subasic e Schmeichel, que defenderam duas cobranças cada um. No final, o chute decisivo foi a penalidade desperdiçada por Eriksen, craque da Dinamarca, que acertou a trave direita. Na próxima fase, Croácia encara a Rússia.
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Redação iBahia
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