Na pequena aldeia de Salinas, localizada na província de Barahona, na República Dominicana, ser um pseudo-hermafrodita é tão comum que é aceito legalmente como algo entre o sexo masculino e feminino.
Na puberdade, uma em cada 90 crianças nascidas lá, passam por uma transformação, de menina para menino. Conhecidos como 'Guevedoces' (na tradução, algo como “pênis aos 12”), estas crianças são conhecidas em termos médicos como “pseudo-hermafroditas”.
"Eu lembro que eu costumava usar um vestidinho vermelho”, disse Johnny, que aos 24 anos mudou seu nome para Felecitia, após resolver remover seu pênis. “Eu nasci em casa em vez de em um hospital. Eles não sabiam o sexo que eu era. Eu ia para a escola e eu costumava usar minha saia. Eu nunca gostei de me vestir como uma menina. Quando eles me compraram brinquedos eu nunca quis brincar com eles. Tudo o que eu queria fazer era brincar com os meninos”, relatou em entrevista ao 'Jornal Ciência.
Ainda segundo a publicação, acredita-se que a condição tenha origem de uma desordem genética rara, causada pela falta de uma enzima que impede a produção do hormônio sexual masculino, chamada hidrotestosterona, que se desenvolve no útero, determinando seu efeito sobre o bebê durante o nascimento.
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